As hepatites virais são um grave problema de saúde pública no Brasil. É uma infecção que atinge o fígado, causando alterações de leves até graves. A maioria são assintomáticas, mas podem se manifestar como fadiga, febre, tontura, náuseas, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. Logo, é imprescindível a realização de estudos que investiguem as hepatites na população idosa, para auxiliar na formulação de políticas públicas que visem à promoção de saúde neste público. O objetivo deste trabalho é avaliar o perfil epidemiológico dos casos de hepatite na população idosa e os fatores relacionados. Este trabalho é um estudo epidemiológico ecológico construído, através de dados do Departamento de Informática do SUS do período de 2010 a 2020, utilizando dados da população de sessenta anos ou mais. As variáveis aplicadas, foram: ano de notificação, região de notificação, sexo e forma de transmissão. Houve acréscimo progressivo e singelo nas notificações de 2010 até 2016, demonstrando uma diminuição nos anos subsequentes. Observa-se uma maior quantidade de casos na região Sudeste, tanto na faixa etária em análise quanto na população geral. A região Centro- Oeste apresenta a menor quantidade de casos em idosos e a segunda menor quantidade de casos na população geral. O público masculino é o mais acometido pela doença em todas as faixas etárias. A maior transmissão ocorreu através da transfusão de sangue, seguida da sexual. Nesse contexto, é imprescindível o direcionamento do olhar para as hepatites na população idosa, a fim de auxiliar na assistência à saúde desse público.