A sociedade contemporânea convive com o crescimento da população idosa, uma conquista que ocorre ao longo do tempo, sendo esta realidade um desafio para as sociedades desenvolvidas e em desenvolvimento, a exemplo da brasileira, que enfrenta as demandas de estudos acerca da longevidade e aplicação de políticas públicas de ações para assistir e atender idosos no meio social. As pessoas idosas possuem demandas sociais especificas, elas retornam os bancos escolares da educação formal ou informal com objetivos específicos. Apesar dos ganhos socioculturais e legais contemporâneos, elas perdem sua visibilidade social nos relacionamentos intergeracionais e interculturais, entendendo-se, muitas vezes, como choque de diferentes culturas e temporalidades. Esse estudo é um relato de experiência de uma pessoa idosa que, durante o período de isolamento social, passou a utilizar os recursos tecnológicos para participar das aulas remotas. Esta pesquisa de cunho qualitativo, que tem como bases teóricos como Kachar (2001) e Freire (1996), tem por objetivo investigar como uma pessoa idosa lidou com esses desafios educacionais frente a uma sociedade tecnológica durante o isolamento social. A pessoa idosa na vida contemporânea torna-se mais funcional e produtiva, porém pouco ainda valorizada, muitas vezes, são percebidas como incapazes e inviabilizadas na sociedade, nessa perspectiva, constatamos a necessidade de se repensar espaços e políticas públicas dentro dos espaços formais e informais de educação, em uma perspectiva mais inclusiva.