O câncer de colo do útero (CCU) é caracterizado pela proliferação desordenada do epitélio que reveste o órgão, podendo invadir tecidos subjacentes. Existem dois tipos invasivos de CCU: o carcinoma epidermoide e o adenocarcinoma. As alterações celulares no colo do útero podem ser detectadas por meio do exame citopatológico, através das ações de rastreio e diagnóstico. Esse estudo objetivou analisar o perfil epidemiológico do câncer do colo do útero em mulheres idosas na região do Nordeste do Brasil. Trata-se de um estudo descritivo e retrospectivo dos casos positivos de câncer de colo do útero, identificados por meio de exames de citologia e laudos histológicos realizados nos estados do Nordeste entre os anos de 2018 a 2022, registrados no Sistema de Informação do Câncer (SISCAN) disponíveis na plataforma Web do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Observou-se que o estado com menor e maior número de exames citopatológicos realizados em mulheres acima de 60 anos foi, respectivamente, Sergipe (30.872) e Bahia (267.270), e o ano com maior número de exames realizados no Nordeste foi 2022 (255.292). O carcinoma epidermoide foi o mais frequente, seguido do adenocarcinoma invasor e do adenocarcinoma In Situ em todos os estados do Nordeste. O estado mais acometido pelo carcinoma epidermóide e pelo adenocarcinoma invasor foi a Bahia com 356 e 58 casos, respectivamente; Percebe-se o mesmo predomínio no estado de Pernambuco quanto ao adenocarcinoma In Situ, com 7 casos. O CCU predominou em idosas com faixa etária entre 60-64 anos, com 369 casos. O ano com menor e maior incidência de casos de câncer foi em 2022 e 2021, respectivamente. Portanto, nota-se que mesmo com medidas de prevenção eficazes, o CCU ainda é um problema de saúde pública no Brasil.