Um dos maiores desafios do cenário atual na Educação Inclusiva diz respeito a preparação de material didático adequado para que os alunos com deficiência sejam atendidos de maneira igualitária. Em linhas gerais, isso se torna um desafio enorme para professores que encaram pela primeira vez salas de aula com alunos nessa linha da Educação.Pensando nisso, percebe-se cada vez mais um desenvolvimento de ferramentas pedagógicas que facilitem o preparo do professor, bem como o aprendizado dos alunos de maneira mais efetiva. No campo tecnológico, o uso de softwares auxiliares vem se mostrando mais e mais presente em qualquer área do conhecimento.Para os alunos com deficiência visual, qualquer tipo de material de consulta passa pela transcrição para o Braille. Caso o usuário não tenha habilidade com a linguagem Braille, o preparo de materiais didáticos para esses alunos se torna uma tarefa demasiadamente longa. Na maioria das vezes o professor passa um material para o profissional transcritor e só então o material é repassado ao Braille. Esse processo pode atrasar ou não possibilitar a entrega do material ao aluno em tempo hábil.O uso de softwares auxiliares para transcrição se mostra de bastante importância, uma vez que seu manuseio agilizam a preparação desse material. Quando o professor possui conhecimento no manuseio desses softwares, o ganho na preparação das atividades é considerável.Esse trabalho visa apresentar um caso em que o autor desenvolveu no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - IFPB - Campus João Pessoa - com duas alunas com deficiência visual onde se vivenciou três etapas: primeira etapa sem material adaptado; segunda etapa com atraso na entrega do material adequado; e terceira etapa com a entrega do material adequado.Os benefícios perceptíveis foram: aprendizado pela parte do professor do software Braille Fácil desenvolvida pelo NCE/UFRJ; maior interação entre professor e profissional transcritor; ganho dos alunos em aprendizado com a agilização das tarefas entregues.