Shirley Cabral de Vasconcelos e Silva
Aluna do 5º período de Pedagogia-noturno
Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
shirleyvasconceloss@hotmail.com
Aliane Silva Costa
Aluna do 5º período de Pedagogia-noturno
Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
alianesilvacosta@hotmail.comHerton
Renato de Albuquerque Silva
Aluno do 5º período de Pedagogia-noturno
Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
herton-renato@hotmail.com
Orientadora: Profª. Mestra Antônia de Araújo Farias
Departamento de Educação
Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
antoniaafarias@gmail.com
RESUMO
Atualmente, na sociedade moderna a sexualidade deixou de ser uma questão simples pois agora se considera o aspecto homossexual da sexualidade humana. Com o fenômeno da homossexualidade muitas dificuldades de relacionamentos surgiram pela não aceitação dessa opção sexual. O tema da diversidade sexual vem sendo cada vez mais tratado sistematicamente, diferentemente de tempos passados. A mídia, através das novelas, publicidade, cinema, programas televisivos, vêm dando grande visibilidade ao tema. Adultos e adolescentes, por sua vez, vêm assumindo, cada vez mais, suas preferências sexuais independentes de serem heterossexuais ou homossexuais, o que ampliou a noção do que nos anos 1960 e 1970 se entendia por liberdade sexual. Essas opções têm gerado conflitos de relacionamentos entre as pessoas em todos os espaços sociais. Na escola, em especial, se evidencia com mais destaque essa dificuldade de relacionamento gerada pelo preconceito com relação aos homossexuais e a falta de tolerância com a prática da liberdade sexual. Esse fenômeno de intolerância à opção pela homossexualidade, comumente denominado por homofobia, tem se manifestado de várias formas no espaço escolar. Pode ser manifestada em brincadeiras, gestos e falas, mas, às vezes, pode chegar a se manifestar de modo extremo produzindo violência verbal, por xingamentos, e agressões físicas, pelos espancamentos. Diante dessa realidade, foi lançado pelo governo federal, em parceria com a sociedade civil organizada e os governos estaduais e municipais, várias iniciativas para combater a intolerância às opções pela homossexualidade. A partir de 2004 temos as seguintes iniciativas: em 2004 temos o Programa “Brasil sem homofobia”, uma parceria do governo federal com a sociedade civil; no mesmo ano temos o lançamento do livro “Diversidade Sexual na Educação: problematizações sobre a homofobia nas escolas”, volume 32 da coleção Brasil para todos, uma parceria do governo federal e UNESCO; em 2007 foi lançado pelo governo federal, através da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD/MEC), o caderno n.4 “Gênero e Diversidade Sexual na Escola: reconhecer diferenças e superar preconceitos”; em 2009 a mesma secretaria, em parceria com outras instituições não governamentais (UERJ, Centro Latino-americano em sexualidade e Direitos Humanos-CLAM, o British Council), ofereceu o curso “Gênero e Diversidade na Escola: formação de professoras/es em Gênero, Sexualidade, Orientação Sexual e Relações Étnico-Raciais, para professores das escolas públicas. Diante da realidade aqui descrita surge a curiosidade de se saber sobre o desdobramento dessas iniciativas nas escolas, no que se refere à intolerância aos homossexuais. Nesse sentido, foi proposta uma pesquisa qualitativa que se dividiu em duas fases: a primeira consiste em uma pesquisa bibliográfica e documental sobre a temática e a segunda consiste em uma pesquisa de campo em escolas públicas, onde serão entrevistados professores e alunos, envolvidos nessa realidade de discriminação, e demais sujeitos envolvidos no processo educacional escolar e que interagem tanto com as pessoas que se sentem discriminadas quanto com as que discriminam. No final da pesquisa se espera contribuir com a diminuição da intolerância com relação às pessoas homossexuais na escola através do esclarecimento de seus direitos como seres humanos e cidadãos modernos.