Introdução: É visível a dificuldade dos professores-bolsistas em sala de aula para trabalhar com educação sexual (ES), pois a formação docente não aborda este tema. Por estarem em fase de identificação de gênero e sexual, enfrentando a quebra do masculino e feminino imaginários construídos pela sociedade, e por serem considerados um grupo vulnerável e que evidencia problemas relacionados à sexualidade, tais como o início de uma vida sexual ativa, gravidez indesejada, DSTs (doenças sexualmente transmissíveis) e métodos contraceptivos, é de suma importância que pré-adolescentes e adolescentes discutam sobre sexualidade. No entanto, há, ainda, uma ausência muito grande de incentivo à prática da educação sexual de modo interdisciplinar, fazendo a junção da educação sexual com o foco da disciplina. A pesquisa visa a perceber quais são as dificuldades na temática e a necessidade de capacitação na área. Objetivos: Mostrar como a ES pode ser trabalhada e discutida dentro da sala de aula de português conciliada à transmissão do ensino focado na leitura e produção textual interdisciplinar, pois o foco do professor bolsista é um ensino dinâmico e inovador que possibilite novos temas dentro da sala de aula, incentivar os professores-bolsistas a pesquisar sobre a temática com a finalidade de o subprojeto Pibid Letras a Mais poder construir estratégias para que possa permitir um nexo maior entre a disciplina e à ES. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva (documental) através do método qualitativo-intervencionista pautada em teóricos como Rodrigues e Fontes (2002), Rufino el al (2013), Furlani (2009), Faulstich (1994) e Marcuschi (1983). A pesquisa está sendo desenvolvida com os professores-bolsistas do Pibid Letras a Mais que trabalham com alunos dos 6º e 7º anos de uma escola estadual da cidade de Montes Claros, MG. Resultados parciais: Diminuição do índice de preconceito entre os alunos e melhor entendimento sobre sexualidade e gênero; quebra da construção abstrata do masculino e do feminino; aumento da compreensão e dos níveis de prevenção de DSTs, métodos contraceptivos e gravidez indesejada. Conclusões parciais: Compreende-se, através desta pesquisa, que a vontade e a necessidade de desenvolver temáticas pertencentes à ES perpassam as relações pessoais, porque são constituintes dos sujeitos e de suas identidades (FURLANI, 2009). Educar não é algo neutro, formalizado por metodologias engessadas, pois existe uma íntima relação entre o que o professor e bolsista pensa e a sua prática pedagógica. O despreparo dos professores já formados e bolsistas sobre a ES é grande, pois a graduação que os licencia para ministrar aulas não os prepara para questões além do que um professor precisa para conduzir sua disciplina. A inserção da ES de forma interdisciplinar possibilitaria uma compreensão mais próxima à necessidade dos alunos, pois não ficaria restrita a termos técnicos utilizados pelos professores de algumas disciplinas e tampouco reduzidos à reprodução humana. Na língua portuguesa, o que mais facilita essa junção são as produções textuais e leituras, pois o aluno é exposto a várias fontes, facilitando seu acesso à ES. Por fim, percebe-se que uma capacitação aos universitários é conveniente, podendo acontecer em forma de disciplina eletiva.