EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E A PANDEMIA DE COVID-19: DIFICULDADES E SUPERAÇÕES
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Para a área da Educação, a suspensão das atividades presenciais levou a dificuldades que envolveram a adaptação das práticas educativas para o ambiente virtual, dificultando a ação de docentes em todos os níveis educacionais, bem como o envolvimento dos/as alunos/as com o processo de ensino-aprendizado, com o conteúdo e principalmente, o contato social. Na área da Educação Física, inúmeros desafios foram enfrentados e diversas estratégias pedagógicas tiveram de ser desenvolvidas para superar os percalços do momento. Este estudo tem como objetivo apresentar algumas adaptações realizadas pelos/as autores/as professores/as de Educação Física no contexto virtual, a fim de proporcionar experiências motoras e sociais para os/as alunos/as de diferentes faixas etárias. No contexto da Educação Infantil, foram realizadas orientações para que as famílias auxiliassem as crianças, com pouca autonomia nessa faixa etária, a realizar atividades em suas casas; para facilitar o processo, o corpo docente optou por elaborar fichas com atividades interdisciplinares que incluíram o “movimento” a partir do brincar, o que necessitou também de uma intensa formação e relação com os/as adultos/as envolvidos/as. Em estratégias com o Ensino Fundamental - anos iniciais, também foram realizadas atividades que envolveram participação familiar, com a possibilidade de realização de “desafios criativos”, com temas como Ginástica e Dança, a fim de incentivar o envolvimento e o apoio de adultos/as às atividades. Em aulas do Ensino Fundamental - anos finais, as propostas pedagógicas contaram com adaptações curriculares e materiais. As atividades exploraram possibilidades de movimentos em casa, a partir de tutoriais e orientações produzidos pela rede de ensino e docentes. A fim de diminuir a preocupação com os/as adolescentes que não tinham acesso às atividades virtuais, realizou-se ações de busca ativa, na qual professores/as e gestoras buscavam fazer contato com as famílias para viabilizar, de alguma forma, acesso de discentes às atividades mitigadoras. Além disso, os encontros virtuais realizados de forma coletiva permitiram produções em diferentes formatos, como vídeos, fotos, textos, apresentações e nuvem de palavras, bem como a utilização de diversas ferramentas digitais. Assim, as experiências apresentadas demonstram que o fazer pedagógico em meio ao distanciamento social lidou com diversas novas problemáticas: o acesso desigual à ferramentas digitais, vergonha da interação por vídeo e discussões sobre como as propostas pedagógicas realizadas se relacionariam com o currículo regular. 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