A medida provisória nº 746 de 22 de setembro de 2016 instituiu a política de fomento à implementação das escolas de ensino médio em tempo integral alterando a Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), artigos 35 e 36, no intuito de substituir o currículo do Ensino Médio por um modelo diversificado e flexível denominado Novo Ensino Médio, construído a partir da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) de 2018. Considerando que, a partir de 2022 a implementação da reforma tornou-se obrigatória e baseada neste momento de transição e nas perspectivas geradas para a implementação dessas mudanças, o nosso trabalho investigou a percepção de professores de Química sobre a implementação do Novo Ensino Médio. A coleta de dados foi realizada através de formulário do Google indagando aos professores sobre várias questões como suas formações, tempo que lecionam, rede que lecionam, itinerários formativos atribuídos a eles, número de aulas de Química antes e depois da implementação, frequência de reuniões de planejamento com os professores de Física e Biologia, dentre outras questões. Resultados preliminares mostraram que mais de 80% dos professores indicam terem participado de capacitações sobre o Novo Ensino Médio, contudo eles consideram que tais momentos não foram suficientes. Com relação à frequência das reuniões, 28% dos docentes responderam que não participam de momentos de planejamento com os professores de Biologia e Física, outros 28% responderam que se reúnem com baixa frequência, totalizando quase 60% dos entrevistados. Os dados iniciais sugerem uma situação alarmante com relação à implementação do Novo Ensino Médio nas instituições de ensino.