Este trabalho resulta do projeto de ensino intitulado “A cultura Africana, Afro-Brasileira, Indígena no contexto escolar”. Desenvolvido em 2017 no campus Confresa do Instituto Federal de Mato. Evidenciando a Lei 10.639/2003, o objetivo do projeto resgatou a história, a cultura africana, afro-brasileira e indígena, para além da sala de aula. Tendo como finalidade desconstruir o mito da democracia racial, que nega a existência do racismo no Brasil. A metodologia desenvolvida consistiu em roda de conversas discutindo textos de teóricos como Munanga (2004), Nascimento (2017), Holanda (2009). Através das discussões encontramos formas para desconstruir o contexto pejorativo criado em torno da identidade e cultura africana, entre os/as estudantes participantes. Após a discussão dos textos iniciaram as atividades abertas para toda a comunidade escolar, coordenados por um/a servidor/a e um/a estudante. Dentre as atividades estavam curso de introdução ao desenho da cultura negra que ensinou como desenhar as características fenotípicas. A oficina de foto e vídeo dividiu-se em duas partes, a primeira trouxe filmes e documentários sob a perspectivas de fazê-los/as refletirem como o imaginário social é baseado no padrão eurocêntrico. Na oficina também ocorreram debates sobre o racismo epistêmico, adentrando na arte tivemos músicas, danças e a capoeira, e também a oficina de turbantes. A segunda parte da oficina consistiu em realçar a identidade negra das/os estudantes do campus então foram convidados/as estudantes negros/as e indígenas para serem fotografados/as, cujas fotos participaram do evento final. Por fim tivemos um grupo de estudos coordenado por uma estudante indígena, onde dialogamos a realidade nacional e local. Como resultado do projeto todas as atividades realizadas foram apresentadas na JENPEX, e ao evento concomitante Arte e Cultura, cuja mesa de abertura participaram um representante da etnia Kanella e um representante de um Quilombo na cidade de São Félix do Araguaia.