Esta produção surge a partir da experiência de uma professora do Atendimento Educacional Especializado de uma escola pública de Alagoas que explorou a vivência com crianças com Necessidades Educacionais Especiais no processo de retorno do ensino presencial pós pandemia. Com o afastamento social imposto pela proliferação do vírus da Covid-19 que assolou todo o mundo, estudantes e professores tiveram de enfrentar grandes desafios e se adaptar a um novo contexto educacional mediado pelo uso das tecnologias digitais. O período de ensino por vias remotas se estendeu por meses, desde a instauração da pandemia (datada em março 2020 no Brasil), em algumas escolas do Estado de Alagoas o ensino presencial foi retomado no início de 2021, entretanto, as escolas públicas, em sua maioria retornaram em meados do mesmo ano, em modelo híbrido e posteriormente adotou-se o presencial com composição de turmas integral seguindo determinadas restrições. Nessa retomada, crianças de todas as idades se depararam com uma nova realidade dentro das escolas: o uso da máscara e álcool recorrentes, o distanciamento entre as filas dentre outras mudanças. As transformações, inevitavelmente, foram ainda maiores para as crianças atendidas em Salas de Recursos já que muitas delas não acompanharam ativamente, por consideráveis e diferentes razões, o modelo de ensino remoto proposto na pandemia e receberam pouco ou nenhum suporte quanto à aprendizagem. Posto isso, o presente artigo se propõe a expor um relato que descreve e reflete sobre os desafios e perspectivas encontrados em meio ao processo de ensino aprendizagem após a pandemia. A pesquisa é de natureza qualitativa e descritiva e envolve uma turma de 12 crianças de diferentes séries e idades de uma escola pública do interior de Alagoas.