O presente artigo discute a urgência em incluir a disciplina Educação Sexual nos currículos de formação de professores. Com o objetivo de provocar o debate juntamente com uma reflexão sobre educação e diversidade sexual, questionando nossas práticas e atitudes, problematizando algumas “verdades” sobre a educação para o reconhecimento da diversidade sexual, como também mobilizar os educadores para práticas pedagógicas de enfrentamento a preconceitos e discriminações relacionadas à gênero e orientação sexual e a efetivação de uma educação afirmativa voltada para a cidadania e respeito aos direitos humanos. Para fundamentar teoricamente essa discussão, nos amparamos nos estudos de Louro (2014), Figueiró (2006), dentre outros. Do ponto de vista metodológico, iniciamos pela análise documental dos PPCs dos cursos de Licenciatura da Universidade de Pernambuco – Campus Mata Norte, constatando que não há em nenhum dos cursos a presença desse componente curricular. Nesse sentido, partimos para uma pesquisa de campo junto aos estudantes dos últimos períodos, que foram convidados a responder um questionário on-line acerca da presença da temática da sexualidade no decorrer de sua formação. Os dados ainda estão em fase de coleta, contudo os resultados iniciais reforçam nossa preocupação, uma vez que a temática pouco ou nada tem aparecido na formação dos participantes que já responderam. Nesse sentido, é urgente a necessidade de oferecer a disciplina de Educação Sexual nos cursos de Licenciatura, assegurando uma formação de professores capacitados para trabalhar de forma eficaz a educação sexual no ambiente escolar.