Apesar da presença feminina desde o início da história das atividades mineradoras, ainda há diversas formas de opressões sofridas. Várias crenças difundidas por muito tempo dificultaram a inserção da mulher no mercado formal da mineração, reforçando a desigualdade de gênero, o que desencoraja a busca feminina por educação profissionalizante nessa área. Diante da série de ocorrências excludentes e da necessidade de discussão sobre a presença da mulher na educação profissional e no mercado de trabalho na área da Mineração, o presente trabalho objetivou relacionar o histórico e o cenário atual acerca da exclusão da mulher nas atividades mineradoras; o que foi realizado com base em revisão bibliográfica e consulta ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (CREA-BA) via requerimento disponibilizado pela plataforma própria. Conforme dados apurados com o CREA-BA, entre os 807 geólogos cadastrados entre 2009 e 2019 e ainda ativos, apenas 174 eram mulheres; além disso, a participação feminina é ainda menor na engenharia de minas, já que, do total de 579, apenas 74 eram mulheres. Foi possível perceber a falta de políticas de incentivo que, muitas vezes, desestimula a entrada feminina em cursos técnicos e graduações da área, por não perceberem perspectiva de crescimento profissional. O apagamento histórico e séculos de perpetuação de superstições machistas e excludentes deixaram marcas na sociedade, o que evidencia a necessidade de discussões sobre a temática desde a educação escolar até cursos técnicos e universidades para que haja ações de mudanças até o mercado de trabalho.