ARAÚJO, Elaine Patrícia. Inclusão de crianças com síndrome de down em escola regular. Anais I CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2014. Disponível em: <http://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/7393>. Acesso em: 27/11/2024 19:14
Atualmente existem avanços em relação às discussões que enfatizam a importância e a necessidade de se trabalhar todos os alunos na mesma unidade escolar, criando um espaço de interação e desenvolvimento coletivo, para aprimoramento de experiência pessoal e social. O maior objetivo das escolas inclusivas seria, portanto, o de possibilitar a aprendizagem com o outro, baseado na premissa de que todos os indivíduos têm algo a aprender e algo a ensinar, para o crescimento de todos. O processo de desenvolver uma escola inclusiva, na qual todos os alunos estejam matriculados em sala de aulas regulares, sem segregação ou qualquer tipo de exclusão ou discriminação, requer uma escola preparada para oferecer a esse alunado uma resposta condizente com as suas reais necessidades. Neste estudo, objetivou-se realizar um levantamento dos aspectos gerais da síndrome de Down, ressaltando a importância da educação para a formação e desenvolvimento de crianças com a síndrome, a necessidade da estimulação precoce em relação à aquisição da linguagem e do desenvolvimento motor. O levantamento dos dados ocorreu através de uma pesquisa bibliográfica sobre temas relacionados à importância da inclusão de crianças com síndrome de Down em escola regular. As propostas educacionais para o aluno com síndrome de Down e a educação familiar são fatores que proporcionam melhor qualidade de vida e favorecem a independência, interação social, satisfação pessoal e atitudes positivas. Considerando a aprendizagem um processo complexo, acerca do qual existem infinitas definições e conceitos, propõe-se uma linha de trabalho, seguindo uma sequência lógica e possível de ser adquirida pela criança Down, desde a educação infantil. O papel da família como facilitador nos processos de construção da linguagem e aquisição de habilidades é de suma importância para a criança com essa síndrome. A inclusão depende muito da parceria entre escola e família, e, principalmente, de conceber a diversidade como algo a ser valorizado e não escondido. Implica particularmente em mudanças de atitudes da comunidade escolar e familiar. O aluno com dificuldade tem o estímulo de superar o desafio da execução de tarefas comuns. O aluno sem deficiências aprende a aceitar a diferença e a entender que há limites para tudo, até mesmo para ele próprio. Essa convivência enriquece as relações, aumenta a solidariedade e o respeito pelo outro. Considerando que cada criança aprende em ritmos diferentes e têm interesses e experiências únicas, ela tem maior probabilidade de alcançar seu potencial pleno para o crescimento quando são encorajadas a interagir e se comunicar livremente com seus pares e com adultos. Essas experiências sociais ocorrem no contexto de atividades do dia-a-dia que as crianças planejam e iniciam por si mesmas, ou dentro de atividades iniciadas por adultos que permitem ampla oportunidade para a criança escolher, conduzir e se expressar individualmente. Portanto pode-se concluir que, deve-se criar uma nova consciência que proporcione às escolas regulares, às instituições filantrópicas, à sociedade, aos órgãos públicos, às famílias e aos alunos com necessidades especiais, a possibilidade de juntos, realizarem um trabalho com maior qualidade e adequação às pessoas com necessidades especiais.