Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

O AUDIOVISUAL NO ENSINO E A SEMIOTICA DA COMPREENSAO

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De acordo com Moraes (2007) a composição textual está cada vez mais calcada na mescla da escrita com a imagem, estando tais elementos fazendo parte de uma relação quase que indissociável. A utilização de curtas-metragens e outros recursos cinematográficos são ferramentas que podem ser utilizadas como material de apoio pedagógico, porém, suas estruturas são pouco exploradas, principalmente em matérias relacionadas ao âmbito científico e acadêmico. Na maioria das salas de aula, os alunos absorvem o conteúdo através da fala do professor, da leitura e da transcrição textual, e de exercícios elaborados como forma de avaliação. Sem dúvidas, com a ampliação e massificação das tecnologias, é fundamental necessária a incorporação de novas formas de linguagem. As ferramentas de ensino relacionadas ao audiovisual podem gerar no espectador tanto um 'relaxamento' quanto uma receptividade favorável, fatores esses que corroboram para um retorno satisfatório em relação aos conteúdos propostos. Sabe-se que o papel do audiovisual tende a ser um auxílio, e não uma forma de superação ou exclusão do conteúdo teórico e da matéria escrita, já que os alunos possuem diferentes formas de aprendizado e assimilação. Nesse sentido, torna-se necessário o desenvolvimento de mecanismos capazes de complementar o que o aluno já vivencia no ambiente escolar, unindo a teoria e a prática, a fim de tornar os conteúdos mais tangíveis, proporcionando formas mais atraentes e 'leves' de assimilação dos aprendizados. Dionísio (2007) define como multimodal o processo de construção textual ancorado na mobilização de distintos modos de representação, ou seja, as variações comunicativas presentes no audiovisual que permitem aos espectadores a absorção de diversas informações interligadas na mensagem. Essas informações têm em sua estrutura a junção de texto e imagem, características essas que semióticamente trabalham o imaginário e a assimilação do receptor da mensagem, construindo entendimentos diretamente ligados às singularidades dos espectadores. Ainda há os elementos "secundários" (trilha sonora, objetos de cena, o contexto social, etc.) que complementam a estrutura do tema, segundo Fofonca e Santos (2010), a trilha sonora se faz de acordo com os ambientes e com os movimentos, sendo assim o background musical presente na estrutura cinematográfica está diretamente ligado ao tema e as situações que ele remete. Esse conjunto de características cinematográficas forma a estrutura geral de um filme, e acionam, de forma indireta, as capacidades sensoriais do espectador. A análise desses fatos recorrentes nos permite teorizar que a pluralidade de características presentes nas estruturas audiovisuais e criam uma construção concisa e uma provável melhoria na compreensão e no entendimento. Mas como unir e alinhar o uso da linguagem multimodal dentro do contexto do ensino? O desafio parte da iniciativa dos professores ou se relaciona diretamente com o contexto em que o aluno está inserido? A utilização dessa estrutura no uso pedagógico ainda não é totalmente explorada de modo que possa unir interdisciplinarmente, matérias ligadas as ciência e sociedade. A comunicação é o processo da troca de experiências para que se torne patrimônio comum McLUHAN (1969). Esse fato faz com que o processo da transmissão do conteúdo seja orgânico e o entendimento pluralista e progressivo. Se pensarmos que a educação é um meio de comunicação de massa podemos entender o processo de construção e mediação a qual lhe é atribuído, e ainda podemos entender os "ruídos" que distorcem os conteúdos apresentados. Existem quatro objetivos que estruturam a comunicação de massa: 1. Detecção prévia do meio ambiente, com coleta e distribuição de informações; 2. Interpretação e orientação, com seleção e avaliação do material produzido para divulgação; 3. Transmissão de cultura, de valores e normas sociais de uma geração para outra, de membros de um grupo para outro; 4. Entretenimento, atos comunicativos com intenção de distrair ou divertir o receptor (WRIGHT, 1973, p.165). Baseado no método Likert (1934), escala psicométrica usada habitualmente em pesquisas de satisfação, onde os perguntados especificam seu nível de concordância através de uma afirmação, foi gerado um questionário contendo 15 (quinze) questões onde será possível quantificar as considerações dos alunos sobre o uso da linguagem audiovisual como ferramenta educativa. O questionário foi aplicado aos discentes do Instituto Federal do Triângulo Mineiro, Campus Uberaba. Grande parte dos entrevistados concorda, mesmo que parcialmente, que a utilização de recursos audiovisuais é importante para uma melhor fixação da matéria e como um meio mais tangível de visualização dos conteúdos abstratos. Esse fato se relaciona com a construção textual assimilada pelo indivíduo, ou seja, consistem na conexão e união de elementos provenientes de diferenciados registros da linguagem, que tornam mais diretas e simples as condições de aprendizagem. Essa construção materializada mediante múltiplas e diversificadas estruturas tem a capacidade de gerar símbolos assimilativos que direcionam o aluno e facilitam as ligações capazes de gerar compreensão. Conclui-se que a educação está diretamente relacionada como um meio de comunicação de massa, e assim como as demais mídias pode passar mensagens fixadas ou até mesmo conter ruídos na sua transmissão. O uso de recursos multimodais no ensino contribui para um respaldo ligado não apenas a signos alfabéticos, mas a elementos imagéticos e visuais que tornam a experiência do aprendizado mais imersiva e clara ao aluno. Palavras-chave: Multimodal, Ensino, Linguagem, Educação, Semiótica, Práticas. Referências"
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De acordo com Moraes (2007) a composição textual está cada vez mais calcada na mescla da escrita com a imagem, estando tais elementos fazendo parte de uma relação quase que indissociável. A utilização de curtas-metragens e outros recursos cinematográficos são ferramentas que podem ser utilizadas como material de apoio pedagógico, porém, suas estruturas são pouco exploradas, principalmente em matérias relacionadas ao âmbito científico e acadêmico. Na maioria das salas de aula, os alunos absorvem o conteúdo através da fala do professor, da leitura e da transcrição textual, e de exercícios elaborados como forma de avaliação. Sem dúvidas, com a ampliação e massificação das tecnologias, é fundamental necessária a incorporação de novas formas de linguagem. As ferramentas de ensino relacionadas ao audiovisual podem gerar no espectador tanto um 'relaxamento' quanto uma receptividade favorável, fatores esses que corroboram para um retorno satisfatório em relação aos conteúdos propostos. Sabe-se que o papel do audiovisual tende a ser um auxílio, e não uma forma de superação ou exclusão do conteúdo teórico e da matéria escrita, já que os alunos possuem diferentes formas de aprendizado e assimilação. Nesse sentido, torna-se necessário o desenvolvimento de mecanismos capazes de complementar o que o aluno já vivencia no ambiente escolar, unindo a teoria e a prática, a fim de tornar os conteúdos mais tangíveis, proporcionando formas mais atraentes e 'leves' de assimilação dos aprendizados. Dionísio (2007) define como multimodal o processo de construção textual ancorado na mobilização de distintos modos de representação, ou seja, as variações comunicativas presentes no audiovisual que permitem aos espectadores a absorção de diversas informações interligadas na mensagem. 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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

O AUDIOVISUAL NO ENSINO E A SEMIÓTICA DA COMPREENSÃO José Lucas Ferreira Júnior [1]/joselucasferreira5@gmail.com/IFTM Campus Uberaba Márcio Adilson dos Santos Filho [2] / IFTM Campus Uberaba Profº. Drº. Anderson Claytom Ferreira Brettas [3] / IFTM Campus Uberaba Profº.Ms.Bruno Pereira Garcês [4[ / IFTM Campus Uberaba Eixo Temático: Processos de Ensino e aprendizagem - com ênfase na inovação tecnológica, metodológica e práticas docentes. Resumo A necessidade do homem se comunicar é um fator inerente do desenvolvimento social, e as diferentes formas de expressão vêm ao longo dos tempos se mesclando e acompanhando o desenvolvimento tecnológico. A disseminação dessas novas tecnologias adquiriu novas roupagens e configurações, que transcendem as palavras e a modalidade escrita da linguagem. A expansão tecnológica instiga a promoção de novas composições e múltiplas formas comunicacionais. Essa é uma nova tendência na comunicação denominada "multimodal". De acordo com Moraes (2007) a composição textual está cada vez mais calcada na mescla da escrita com a imagem, estando tais elementos fazendo parte de uma relação quase que indissociável. A utilização de curtas-metragens e outros recursos cinematográficos são ferramentas que podem ser utilizadas como material de apoio pedagógico, porém, suas estruturas são pouco exploradas, principalmente em matérias relacionadas ao âmbito científico e acadêmico. Na maioria das salas de aula, os alunos absorvem o conteúdo através da fala do professor, da leitura e da transcrição textual, e de exercícios elaborados como forma de avaliação. Sem dúvidas, com a ampliação e massificação das tecnologias, é fundamental necessária a incorporação de novas formas de linguagem. As ferramentas de ensino relacionadas ao audiovisual podem gerar no espectador tanto um 'relaxamento' quanto uma receptividade favorável, fatores esses que corroboram para um retorno satisfatório em relação aos conteúdos propostos. Sabe-se que o papel do audiovisual tende a ser um auxílio, e não uma forma de superação ou exclusão do conteúdo teórico e da matéria escrita, já que os alunos possuem diferentes formas de aprendizado e assimilação. Nesse sentido, torna-se necessário o desenvolvimento de mecanismos capazes de complementar o que o aluno já vivencia no ambiente escolar, unindo a teoria e a prática, a fim de tornar os conteúdos mais tangíveis, proporcionando formas mais atraentes e 'leves' de assimilação dos aprendizados. Dionísio (2007) define como multimodal o processo de construção textual ancorado na mobilização de distintos modos de representação, ou seja, as variações comunicativas presentes no audiovisual que permitem aos espectadores a absorção de diversas informações interligadas na mensagem. Essas informações têm em sua estrutura a junção de texto e imagem, características essas que semióticamente trabalham o imaginário e a assimilação do receptor da mensagem, construindo entendimentos diretamente ligados às singularidades dos espectadores. Ainda há os elementos "secundários" (trilha sonora, objetos de cena, o contexto social, etc.) que complementam a estrutura do tema, segundo Fofonca e Santos (2010), a trilha sonora se faz de acordo com os ambientes e com os movimentos, sendo assim o background musical presente na estrutura cinematográfica está diretamente ligado ao tema e as situações que ele remete. Esse conjunto de características cinematográficas forma a estrutura geral de um filme, e acionam, de forma indireta, as capacidades sensoriais do espectador. 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