Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

A MODELAGEM MATEMÁTICA ARTICULADA COM A TEORIA DOS REGISTROS DE REPRESENTAÇÃO SEMIÓTICA

"2018-12-03 23:00:00" // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
App\Base\Administrativo\Model\Artigo {#1843 // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
  #connection: "mysql"
  +table: "artigo"
  #primaryKey: "id"
  #keyType: "int"
  +incrementing: true
  #with: []
  #withCount: []
  +preventsLazyLoading: false
  #perPage: 15
  +exists: true
  +wasRecentlyCreated: false
  #escapeWhenCastingToString: false
  #attributes: array:35 [
    "id" => 51821
    "edicao_id" => 104
    "trabalho_id" => 2112
    "inscrito_id" => 54724
    "titulo" => "A MODELAGEM MATEMÁTICA ARTICULADA COM A TEORIA DOS REGISTROS DE REPRESENTAÇÃO SEMIÓTICA"
    "resumo" => " A MODELAGEM MATEMÁTICA ARTICULADA COM A TEORIA DOS REGISTROS DE REPRESENTAÇÃO SEMIÓTICA Hevellyn Tays Lima da Silva hevellyn.tays@uft.edu.br Universidade Federal do Tocantins Jusciel Kvan Gomes de Souza juscielkvan@gmail.com Universidade Federal do Tocantins Deive Barbosa Alves deive@uft.edu.br Universidade Federal do Tocantins Eixo Temático: Processos de Ensino e aprendizagem - com ênfase na inovação tecnológica, metodológica e práticas docentes. Agência Financiadora: CAPES Resumo Este trabalho busca investigar as formas de entrelaçar a Modelagem Matemática com a Teoria dos Registros de Representação Semiótica. A primeira compreendida como metodologia tanto científica quanto pedagógica para ensinar e aprender matemática, como aponta estudos de Bassanezi (2002), Biembengut e Hein (2000), Biembengut (2016), entre outros. A segunda, compreendida como forma de analisar o processo de compreensão e aquisição de saberes relacionados à atividade matemática. Análise embasada nos escritos de Duval (2004, 2009, 2010, 2011, 2012a, 2012b, 2012c). Tal contexto nos levou a seguinte problemática: como entrelaçar a Modelagem Matemática com a Teoria dos Registros de Representação Semiótica, na perspectiva da Educação Básica? Com essa indagação nos vimos desafiados, no programa Residência Pedagógica, a construir um projeto de intervenção que atrelasse a Modelagem Matemática à teoria de Duval. Nesse ponto de vista nossa ação inicial foi buscar aportes teóricos que já pesquisaram tal entrelaçamento, para tal fim, selecionamos quatro artigos. Os materiais analisados foram: Silva e Almeida (2009), Oliveira (2016), Burak e Brandt (2010), Brandt (2016). Para essa escolha usamos os termos "Modelagem Matemática + Teoria dos Registros de Representação Semiótica" nos principais motores de busca. Tomamos o cuidado de escolher trabalhos que abarcassem assuntos de diferentes ângulos e olhares, sendo que todo esse processo foi de forma criteriosa, de tal maneira que tivessem sido publicadas em diferentes locais. Usou-se uma abordagem qualitativa usando técnicas de pesquisa bibliográfica, a qual "trata-se do levantamento de toda a bibliografia já publicada em forma de livros, revistas, publicações avulsas e imprensa escrita. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo aquilo que foi escrito sobre determinado assunto [...]" (MARCONI; LAKATOS, 2011, p. 43-44). Nessa perspectiva os escritos de Brandt (2016) apontam uma relação de equilíbrio entre a modelagem e os registros de representação semiótica, o qual atua "como possibilitadora do desenvolvimento da criatividade, recebendo contribuições de uma teoria de representações semióticas para a conceitualização de objetos matemáticos". O termo criatividade, nesta obra, foi compreendido por nós como aprender como autor (DEMO, 2015), aquele que cria e ao criar aprende. Para Silva e Almeida (2009) a semióticas está associada às três etapas da Modelagem Matemática. A primeira, uma situação que se apresenta à mente; a segunda, criar um problema; a terceira, a interpretação do problema na linguagem matemática. O pesquisador usa "Modelagem Matemática como alternativa pedagógica para estabelecer a relação do signo com o interpretante" (SILVA e ALMEIDA, 2009, p. 21). Para Burak e Brandt (2010, p. 100) no processo de Modelagem Matemática pode-se recorrer "às operações cognitivas de produção tratamento e conversão para dar conta do par semiósis/noésis presente no processo de aprendizagem". Além desse processo, complementado pela teoria de representações semióticas, "auxilia a enfrentar obstáculos cognitivos referentes a: falta de referencial numérico na utilização das letras; percepção de sentenças abertas como incompletas; o dilema nome-processo; a justaposição" (BURAK, BRANDT, 2010, p. 101). Já para Oliveira (2016, p. 10) tal entrelaçamento apresenta a Modelagem Matemática como um facilitador da aprendizagem "permitindo o resgate da identificação da matemática e de seus conceitos com a realidade e o cotidiano". Aprendizagem que se mostra pela conversão de representações com base na Semiótica de um objeto real do cotidiano. Pode-se afirmar, que em todos os escritos a Modelagem Matemática é apresentada como metodologia de ensino, ao estabelecer uma relação com a Teoria dos Registros de Representação Semiótica. Em que ela vislumbra o caminho para aprender matemática, a qual se dá pela conceituação matemática compreendida pelo uso de diferentes registros de representação semiótica durante o desenvolvimento de atividades de modelagem. Esse processo fornece ao aluno a desenvoltura de se movimentar entre os multiversos: do real, da matemática e da Modelagem Matemática, que estão interligados e evidenciadas pelo movimento dos diferentes registros da Teoria dos Registros de Representação Semiótica. A qual, para nós é aprender pela autoria, ou seja, a capacidade de elaborar pela pesquisa saberes novos para o sujeito. Ao trabalhar com a modelagem e semiótica dentro desse processo o aprendiz pode produzir sua interpretação sobre o objeto e elaborar um esquema mental para sua compreensão, de forma que possa possibilitar dentro do que está estudando uma visão totalmente diferente e inovadora, assim desenvolvendo a autonomia de entendimento do mundo. Palavras-chave: Teoria Semiótica, Modelagem Matemática, Residência Pedagógica. Referências BASSANEZI, Rodney Carlos. Ensino-Aprendizagem com Modelagem Matemática. São Paulo: Contexto, 2002. 389 p. BIEMBENGUT, Maria Salett e HEIN, Nelson. Modelagem Matemática no ensino. Blumenau: Ed. Contexto, 2000. BIEMBENGUT, Maria Salett. Modelagem na Educação Matemática e na Ciência. São Paulo: Livraria da Física, 2016. BRANDT, Celia Finck. Um ensaio sobre a Complexidade: a Criatividade e as Representações Semióticas em uma atividade de Modelagem Matemática. In: BRANDT, Celia Finck; BURAK, Dionísio. Modelagem matemática: perspectivas, experiências, reflexões e teorizações. 2. ed. Ponta Grossa: Uepg, 2016. Cap. 9. p. 163-181. Tiago Emanuel Klüber. BURAK, Dionísio; BRAND, Célia Finck. Modelagem Matemática e Representações Semióticas: contribuições para o desenvolvimento do pensamento algébrico. Zetetiké: revista de educação Matemática, Campinas, v. 18, n. 33, p.63-102, jan. 2010 DEMO, Pedro. Aprender como autor. São Paulo: Atlas, 2015"
    "modalidade" => null
    "area_tematica" => null
    "palavra_chave" => null
    "idioma" => null
    "arquivo" => "443-54724-30112018-195529.pdf"
    "created_at" => "2020-05-28 15:53:41"
    "updated_at" => "2020-08-11 17:19:26"
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "HEVELLYN TAYS LIMA DA SILVA"
    "autor_nome_curto" => "HEVELLYN"
    "autor_email" => null
    "autor_ies" => null
    "autor_imagem" => null
    "edicao_url" => "anais-vii-enalic"
    "edicao_nome" => "Anais VII ENALIC"
    "edicao_evento" => "VII Encontro Nacional das Licenciaturas"
    "edicao_ano" => 2018
    "edicao_pasta" => "anais/enalic/2018"
    "edicao_logo" => "5e49f810852b5_16022020231856.png"
    "edicao_capa" => "5e49f81084a9f_16022020231856.jpg"
    "data_publicacao" => null
    "edicao_publicada_em" => "2018-12-03 23:00:00"
    "publicacao_id" => 57
    "publicacao_nome" => "Revista ENALIC"
    "publicacao_codigo" => "2526-3234"
    "tipo_codigo_id" => 1
    "tipo_codigo_nome" => "ISSN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #original: array:35 [
    "id" => 51821
    "edicao_id" => 104
    "trabalho_id" => 2112
    "inscrito_id" => 54724
    "titulo" => "A MODELAGEM MATEMÁTICA ARTICULADA COM A TEORIA DOS REGISTROS DE REPRESENTAÇÃO SEMIÓTICA"
    "resumo" => " A MODELAGEM MATEMÁTICA ARTICULADA COM A TEORIA DOS REGISTROS DE REPRESENTAÇÃO SEMIÓTICA Hevellyn Tays Lima da Silva hevellyn.tays@uft.edu.br Universidade Federal do Tocantins Jusciel Kvan Gomes de Souza juscielkvan@gmail.com Universidade Federal do Tocantins Deive Barbosa Alves deive@uft.edu.br Universidade Federal do Tocantins Eixo Temático: Processos de Ensino e aprendizagem - com ênfase na inovação tecnológica, metodológica e práticas docentes. Agência Financiadora: CAPES Resumo Este trabalho busca investigar as formas de entrelaçar a Modelagem Matemática com a Teoria dos Registros de Representação Semiótica. A primeira compreendida como metodologia tanto científica quanto pedagógica para ensinar e aprender matemática, como aponta estudos de Bassanezi (2002), Biembengut e Hein (2000), Biembengut (2016), entre outros. A segunda, compreendida como forma de analisar o processo de compreensão e aquisição de saberes relacionados à atividade matemática. Análise embasada nos escritos de Duval (2004, 2009, 2010, 2011, 2012a, 2012b, 2012c). Tal contexto nos levou a seguinte problemática: como entrelaçar a Modelagem Matemática com a Teoria dos Registros de Representação Semiótica, na perspectiva da Educação Básica? Com essa indagação nos vimos desafiados, no programa Residência Pedagógica, a construir um projeto de intervenção que atrelasse a Modelagem Matemática à teoria de Duval. Nesse ponto de vista nossa ação inicial foi buscar aportes teóricos que já pesquisaram tal entrelaçamento, para tal fim, selecionamos quatro artigos. Os materiais analisados foram: Silva e Almeida (2009), Oliveira (2016), Burak e Brandt (2010), Brandt (2016). Para essa escolha usamos os termos "Modelagem Matemática + Teoria dos Registros de Representação Semiótica" nos principais motores de busca. Tomamos o cuidado de escolher trabalhos que abarcassem assuntos de diferentes ângulos e olhares, sendo que todo esse processo foi de forma criteriosa, de tal maneira que tivessem sido publicadas em diferentes locais. Usou-se uma abordagem qualitativa usando técnicas de pesquisa bibliográfica, a qual "trata-se do levantamento de toda a bibliografia já publicada em forma de livros, revistas, publicações avulsas e imprensa escrita. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo aquilo que foi escrito sobre determinado assunto [...]" (MARCONI; LAKATOS, 2011, p. 43-44). Nessa perspectiva os escritos de Brandt (2016) apontam uma relação de equilíbrio entre a modelagem e os registros de representação semiótica, o qual atua "como possibilitadora do desenvolvimento da criatividade, recebendo contribuições de uma teoria de representações semióticas para a conceitualização de objetos matemáticos". O termo criatividade, nesta obra, foi compreendido por nós como aprender como autor (DEMO, 2015), aquele que cria e ao criar aprende. Para Silva e Almeida (2009) a semióticas está associada às três etapas da Modelagem Matemática. A primeira, uma situação que se apresenta à mente; a segunda, criar um problema; a terceira, a interpretação do problema na linguagem matemática. O pesquisador usa "Modelagem Matemática como alternativa pedagógica para estabelecer a relação do signo com o interpretante" (SILVA e ALMEIDA, 2009, p. 21). Para Burak e Brandt (2010, p. 100) no processo de Modelagem Matemática pode-se recorrer "às operações cognitivas de produção tratamento e conversão para dar conta do par semiósis/noésis presente no processo de aprendizagem". Além desse processo, complementado pela teoria de representações semióticas, "auxilia a enfrentar obstáculos cognitivos referentes a: falta de referencial numérico na utilização das letras; percepção de sentenças abertas como incompletas; o dilema nome-processo; a justaposição" (BURAK, BRANDT, 2010, p. 101). Já para Oliveira (2016, p. 10) tal entrelaçamento apresenta a Modelagem Matemática como um facilitador da aprendizagem "permitindo o resgate da identificação da matemática e de seus conceitos com a realidade e o cotidiano". Aprendizagem que se mostra pela conversão de representações com base na Semiótica de um objeto real do cotidiano. Pode-se afirmar, que em todos os escritos a Modelagem Matemática é apresentada como metodologia de ensino, ao estabelecer uma relação com a Teoria dos Registros de Representação Semiótica. Em que ela vislumbra o caminho para aprender matemática, a qual se dá pela conceituação matemática compreendida pelo uso de diferentes registros de representação semiótica durante o desenvolvimento de atividades de modelagem. Esse processo fornece ao aluno a desenvoltura de se movimentar entre os multiversos: do real, da matemática e da Modelagem Matemática, que estão interligados e evidenciadas pelo movimento dos diferentes registros da Teoria dos Registros de Representação Semiótica. A qual, para nós é aprender pela autoria, ou seja, a capacidade de elaborar pela pesquisa saberes novos para o sujeito. Ao trabalhar com a modelagem e semiótica dentro desse processo o aprendiz pode produzir sua interpretação sobre o objeto e elaborar um esquema mental para sua compreensão, de forma que possa possibilitar dentro do que está estudando uma visão totalmente diferente e inovadora, assim desenvolvendo a autonomia de entendimento do mundo. Palavras-chave: Teoria Semiótica, Modelagem Matemática, Residência Pedagógica. Referências BASSANEZI, Rodney Carlos. Ensino-Aprendizagem com Modelagem Matemática. São Paulo: Contexto, 2002. 389 p. BIEMBENGUT, Maria Salett e HEIN, Nelson. Modelagem Matemática no ensino. Blumenau: Ed. Contexto, 2000. BIEMBENGUT, Maria Salett. Modelagem na Educação Matemática e na Ciência. São Paulo: Livraria da Física, 2016. BRANDT, Celia Finck. Um ensaio sobre a Complexidade: a Criatividade e as Representações Semióticas em uma atividade de Modelagem Matemática. In: BRANDT, Celia Finck; BURAK, Dionísio. Modelagem matemática: perspectivas, experiências, reflexões e teorizações. 2. ed. Ponta Grossa: Uepg, 2016. Cap. 9. p. 163-181. Tiago Emanuel Klüber. BURAK, Dionísio; BRAND, Célia Finck. Modelagem Matemática e Representações Semióticas: contribuições para o desenvolvimento do pensamento algébrico. Zetetiké: revista de educação Matemática, Campinas, v. 18, n. 33, p.63-102, jan. 2010 DEMO, Pedro. Aprender como autor. São Paulo: Atlas, 2015"
    "modalidade" => null
    "area_tematica" => null
    "palavra_chave" => null
    "idioma" => null
    "arquivo" => "443-54724-30112018-195529.pdf"
    "created_at" => "2020-05-28 15:53:41"
    "updated_at" => "2020-08-11 17:19:26"
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "HEVELLYN TAYS LIMA DA SILVA"
    "autor_nome_curto" => "HEVELLYN"
    "autor_email" => null
    "autor_ies" => null
    "autor_imagem" => null
    "edicao_url" => "anais-vii-enalic"
    "edicao_nome" => "Anais VII ENALIC"
    "edicao_evento" => "VII Encontro Nacional das Licenciaturas"
    "edicao_ano" => 2018
    "edicao_pasta" => "anais/enalic/2018"
    "edicao_logo" => "5e49f810852b5_16022020231856.png"
    "edicao_capa" => "5e49f81084a9f_16022020231856.jpg"
    "data_publicacao" => null
    "edicao_publicada_em" => "2018-12-03 23:00:00"
    "publicacao_id" => 57
    "publicacao_nome" => "Revista ENALIC"
    "publicacao_codigo" => "2526-3234"
    "tipo_codigo_id" => 1
    "tipo_codigo_nome" => "ISSN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #changes: []
  #casts: array:14 [
    "id" => "integer"
    "edicao_id" => "integer"
    "trabalho_id" => "integer"
    "inscrito_id" => "integer"
    "titulo" => "string"
    "resumo" => "string"
    "modalidade" => "string"
    "area_tematica" => "string"
    "palavra_chave" => "string"
    "idioma" => "string"
    "arquivo" => "string"
    "created_at" => "datetime"
    "updated_at" => "datetime"
    "ativo" => "boolean"
  ]
  #classCastCache: []
  #attributeCastCache: []
  #dates: []
  #dateFormat: null
  #appends: []
  #dispatchesEvents: []
  #observables: []
  #relations: []
  #touches: []
  +timestamps: false
  #hidden: []
  #visible: []
  +fillable: array:13 [
    0 => "edicao_id"
    1 => "trabalho_id"
    2 => "inscrito_id"
    3 => "titulo"
    4 => "resumo"
    5 => "modalidade"
    6 => "area_tematica"
    7 => "palavra_chave"
    8 => "idioma"
    9 => "arquivo"
    10 => "created_at"
    11 => "updated_at"
    12 => "ativo"
  ]
  #guarded: array:1 [
    0 => "*"
  ]
}
Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

A MODELAGEM MATEMÁTICA ARTICULADA COM A TEORIA DOS REGISTROS DE REPRESENTAÇÃO SEMIÓTICA Hevellyn Tays Lima da Silva hevellyn.tays@uft.edu.br Universidade Federal do Tocantins Jusciel Kvan Gomes de Souza juscielkvan@gmail.com Universidade Federal do Tocantins Deive Barbosa Alves deive@uft.edu.br Universidade Federal do Tocantins Eixo Temático: Processos de Ensino e aprendizagem - com ênfase na inovação tecnológica, metodológica e práticas docentes. Agência Financiadora: CAPES Resumo Este trabalho busca investigar as formas de entrelaçar a Modelagem Matemática com a Teoria dos Registros de Representação Semiótica. A primeira compreendida como metodologia tanto científica quanto pedagógica para ensinar e aprender matemática, como aponta estudos de Bassanezi (2002), Biembengut e Hein (2000), Biembengut (2016), entre outros. A segunda, compreendida como forma de analisar o processo de compreensão e aquisição de saberes relacionados à atividade matemática. Análise embasada nos escritos de Duval (2004, 2009, 2010, 2011, 2012a, 2012b, 2012c). Tal contexto nos levou a seguinte problemática: como entrelaçar a Modelagem Matemática com a Teoria dos Registros de Representação Semiótica, na perspectiva da Educação Básica? Com essa indagação nos vimos desafiados, no programa Residência Pedagógica, a construir um projeto de intervenção que atrelasse a Modelagem Matemática à teoria de Duval. Nesse ponto de vista nossa ação inicial foi buscar aportes teóricos que já pesquisaram tal entrelaçamento, para tal fim, selecionamos quatro artigos. Os materiais analisados foram: Silva e Almeida (2009), Oliveira (2016), Burak e Brandt (2010), Brandt (2016). Para essa escolha usamos os termos "Modelagem Matemática + Teoria dos Registros de Representação Semiótica" nos principais motores de busca. Tomamos o cuidado de escolher trabalhos que abarcassem assuntos de diferentes ângulos e olhares, sendo que todo esse processo foi de forma criteriosa, de tal maneira que tivessem sido publicadas em diferentes locais. Usou-se uma abordagem qualitativa usando técnicas de pesquisa bibliográfica, a qual "trata-se do levantamento de toda a bibliografia já publicada em forma de livros, revistas, publicações avulsas e imprensa escrita. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo aquilo que foi escrito sobre determinado assunto [...]" (MARCONI; LAKATOS, 2011, p. 43-44). Nessa perspectiva os escritos de Brandt (2016) apontam uma relação de equilíbrio entre a modelagem e os registros de representação semiótica, o qual atua "como possibilitadora do desenvolvimento da criatividade, recebendo contribuições de uma teoria de representações semióticas para a conceitualização de objetos matemáticos". O termo criatividade, nesta obra, foi compreendido por nós como aprender como autor (DEMO, 2015), aquele que cria e ao criar aprende. Para Silva e Almeida (2009) a semióticas está associada às três etapas da Modelagem Matemática. A primeira, uma situação que se apresenta à mente; a segunda, criar um problema; a terceira, a interpretação do problema na linguagem matemática. O pesquisador usa "Modelagem Matemática como alternativa pedagógica para estabelecer a relação do signo com o interpretante" (SILVA e ALMEIDA, 2009, p. 21). Para Burak e Brandt (2010, p. 100) no processo de Modelagem Matemática pode-se recorrer "às operações cognitivas de produção tratamento e conversão para dar conta do par semiósis/noésis presente no processo de aprendizagem". Além desse processo, complementado pela teoria de representações semióticas, "auxilia a enfrentar obstáculos cognitivos referentes a: falta de referencial numérico na utilização das letras; percepção de sentenças abertas como incompletas; o dilema nome-processo; a justaposição" (BURAK, BRANDT, 2010, p. 101). Já para Oliveira (2016, p. 10) tal entrelaçamento apresenta a Modelagem Matemática como um facilitador da aprendizagem "permitindo o resgate da identificação da matemática e de seus conceitos com a realidade e o cotidiano". Aprendizagem que se mostra pela conversão de representações com base na Semiótica de um objeto real do cotidiano. Pode-se afirmar, que em todos os escritos a Modelagem Matemática é apresentada como metodologia de ensino, ao estabelecer uma relação com a Teoria dos Registros de Representação Semiótica. Em que ela vislumbra o caminho para aprender matemática, a qual se dá pela conceituação matemática compreendida pelo uso de diferentes registros de representação semiótica durante o desenvolvimento de atividades de modelagem. Esse processo fornece ao aluno a desenvoltura de se movimentar entre os multiversos: do real, da matemática e da Modelagem Matemática, que estão interligados e evidenciadas pelo movimento dos diferentes registros da Teoria dos Registros de Representação Semiótica. A qual, para nós é aprender pela autoria, ou seja, a capacidade de elaborar pela pesquisa saberes novos para o sujeito. Ao trabalhar com a modelagem e semiótica dentro desse processo o aprendiz pode produzir sua interpretação sobre o objeto e elaborar um esquema mental para sua compreensão, de forma que possa possibilitar dentro do que está estudando uma visão totalmente diferente e inovadora, assim desenvolvendo a autonomia de entendimento do mundo. Palavras-chave: Teoria Semiótica, Modelagem Matemática, Residência Pedagógica. Referências BASSANEZI, Rodney Carlos. Ensino-Aprendizagem com Modelagem Matemática. São Paulo: Contexto, 2002. 389 p. BIEMBENGUT, Maria Salett e HEIN, Nelson. Modelagem Matemática no ensino. Blumenau: Ed. Contexto, 2000. BIEMBENGUT, Maria Salett. Modelagem na Educação Matemática e na Ciência. São Paulo: Livraria da Física, 2016. BRANDT, Celia Finck. Um ensaio sobre a Complexidade: a Criatividade e as Representações Semióticas em uma atividade de Modelagem Matemática. In: BRANDT, Celia Finck; BURAK, Dionísio. Modelagem matemática: perspectivas, experiências, reflexões e teorizações. 2. ed. Ponta Grossa: Uepg, 2016. Cap. 9. p. 163-181. Tiago Emanuel Klüber. BURAK, Dionísio; BRAND, Célia Finck. Modelagem Matemática e Representações Semióticas: contribuições para o desenvolvimento do pensamento algébrico. Zetetiké: revista de educação Matemática, Campinas, v. 18, n. 33, p.63-102, jan. 2010 DEMO, Pedro. Aprender como autor. São Paulo: Atlas, 2015

Compartilhe:

Visualização do Artigo


Deixe um comentário

Precisamos validar o formulário.