Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

PERCEPÇÃO AMBIENTAL DE CRIANÇAS DE ESCOLA PÚBLICA DO BAIRRO CARLITO PAMPLONA, FORTALEZA, CE

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Através desta ferramenta, é possível observar o uso dos recursos naturais por este grupo e a inter-relação que desenvolve com o meio. Com isso, é possível contribuir para elaboração de planos de ações de conscientização acerca dos problemas ambientais e na mudança de atitudes. O intuito desta iniciativa foi investigar a percepção ambiental de alunos de 6º anos da escola pública municipal Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no bairro Carlito Pamplona, Secretária Executiva Regional I, periferia de Fortaleza. Ainda, objetivou-se diagnosticar a compreensão acerca do conceito de meio ambiente e de educação ambiental destes estudantes; verificar o entendimento deles a respeito dos principais problemas ambientais que acometem o ambiente urbano; identificar a percepção do papel individual, comunitário e governamental ante os problemas ambientais. O presente trabalho poderá contribuir para elaboração de práticas pedagógicas mais efetivas voltadas para conscientização ambiental em áreas urbanas, assim como busca de soluções, nos âmbitos pessoal, comunitário e governamental para os problemas ecológicos. O bairro periférico Carlito Pamplona localiza-se no Oeste da cidade e é limitado pelos bairros Álvaro Weyne, Cristo Redentor, Pirambu, Jacarecanga, Monte Castelo e Vila Ellery. Distante aproximadamente 9 km do centro de Fortaleza, este bairro possui cerca de 22,437 habitantes, de acordo com censo demográfico do IBGE (2010), constituindo um dos bairros com maior densidade demográfica da cidade. Para realização do trabalho, escolheu-se alunos de 6º anos. A escolha baseou-se por ser uma série inicial do ensino fundamental II, em que as disciplinas de ciências e geografia discutem a temática ambiental. Foi aplicado, nas turmas deste ano de ensino, questionário sobre percepção ambiental com questões abertas e fechadas, abordando assuntos como educação ambiental, problemas ambientais e soluções para os mesmos. Foram respondidos 46 questionários, sem identificação nominal. A elaboração do questionário deu-se de maneira interdisciplinar e foi pautada em levantamento bibliográfico e no diálogo entre os autores, pertencentes a áreas distintas: biologia, química e geografia. O questionário conteve oito questões, sendo três objetivas e cinco subjetivas. Posteriormente, os dados obtidos com as respostas foram agrupados e tabulados em planilha eletrônica. Notou-se que a maior parte dos alunos (82,6%) possui entre 11 e 12 anos. Dentre os entrevistados que souberam responder o nome do bairro em que reside, 69% são oriundos do mesmo bairro onde está localizada a escola e o restante é oriundo dos bairros vizinhos Cristo Redentor, Pirambú, Barra do Ceará e Álwaro Weyne. Sobre a caracterização ambiental, a maioria considerou apenas recursos naturais e seus aspectos como meio ambiente, com um percentual de apenas 8,7% considerando, além da natureza, aspectos antrópicos, como a casa e o lugar em que vivem. Esse dado corrobora com Diegues (2008), que afirma que, frequentemente, os grupos humanos, por representarem degradação, não são considerados como parte do ambiente natural, que deve ser intocado. A respeito da educação ambiental, sobre a sua conceituação, 41,3% considerou que educação ambiental é o saber cuidar do meio ambiente e de seus recursos naturais. Chamou atenção que 43,5% dos alunos relacionaram ter educação ambiental é não jogar lixo na rua e/ou saber destiná-lo ao local de coleta. Este dado mostrou que os estudantes não compreendem a função efetiva da educação ambiental como ferramenta para transformação de atitudes individuais e coletivas que envolva questões ambientais para além dos dejetos, com o intuito de conservar o meio ambiente como um todo. Acerca da importância de cuidar do meio ambiente, 57,8% mostrou a percepção de que as pessoas necessitam do meio ambiente para viver, incluindo a prevenção de doenças através do cuidar do meio ambiente. Aqui, notou-se que apesar de relacionarem o ser humano às consequências da degradação ambiental, predominou a visão utilitarista do meio: com a percepção da necessidade de cuidar para que a minha espécie seja protegida e possa continuar usufruindo dos recursos naturais. De acordo com Reigota (1991), o utilitarismo é a base da representação antropocêntrica do meio, onde se reconhece o potencial transformador da espécie humana e a interdependência entre elementos bióticos e abióticos. Quanto a percepção das condições ambientais do seu bairro e da sua cidade, 68,2% considerou de regular a péssimo o ambiente em seu bairro em contraste com 93,3% que analisou o meio ambiente da cidade como excelente ou bom. A respeito da pergunta sobre o que é possível que eles e os moradores do seu bairro fizessem, enquanto sujeitos ativos para transformar as condições ambientais, 71,7% respondeu apenas o cuidado com o destino do lixo produzido. Quanto a atuação do poder público como agente transformador das condições do meio ambiente, 52,2% considerou apenas políticas de destino do lixo produzido, como coleta apropriada e reciclagem de materiais. Esses dois últimos dados apresentados demonstram, mais uma vez, a falta de compreensão da Educação Ambiental como caminho para mudança de hábitos capazes de melhorar a qualidade ambiental em seus vários aspectos. Ao seu tempo, 17,4% considerou que o poder público deve realizar políticas mais englobantes como cuidar do meio ambiente como um todo e realizar educação ambiental com a população. Neste sentido, observou-se que um percentual significativo, embora reduzido, compreende o papel e alcance do poder público como agente portador do dever de regulamentar o uso dos recursos naturais e buscar políticas públicas que visem a conservação ambiental. Com este estudo, concluiu-se que a maioria dos alunos de 6º ano da escola pública municipal Nossa Senhora do Perpétuo Socorro não compreende o meio ambiente em sua totalidade, englobando a espécie humana e o restante da natureza em seus aspectos físicos e bioecológicos, incluindo as inter-relações entre estes. Notou-se ainda que estes estudantes precisam compreender a importância da Educação Ambiental, assim como a amplitude dos problemas ambientais urbanos, que vão muito além da questão da produção do lixo e do seu destino. Com isso, aponta-se a necessidade de atividades de educação ambiental pautadas na percepção que esses alunos têm do meio ambiente e seus recursos, com o intuito de gerar conscientização e mudanças de atitudes. Palavras-chave: Educação ambiental, periferia, ambiente urbano Referências BALLONE, G. J. Percepção. Psiqweb. v. 28, 2007. www.educar.sc.usp.br/textos Acessado em setembro de 2015. DIEGUES, A. C. S. O mito moderno da natureza intocada. 2. ed. São Paulo: Hucitec, 2008. IBGE. Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em:< http://www.censo2010.ibge.gov.br/>. Acesso em agosto de 2018, v. 23, 2010. REIGOTA, M. Fundamentos teóricos para a realização da educação ambiental popular. Em Aberto, Brasília, v.10, n. 49, p. 34-41, jan./mar. 1991. TUAN, Yi-Fu. Topofilia: um estudo da percepção, atitudes e valores do meio ambiente. SCIELO-EDUEL, 2012."
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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

PERCEPÇÃO AMBIENTAL DE CRIANÇAS DE ESCOLA PÚBLICA DO BAIRRO CARLITO PAMPLONA, FORTALEZA, CE Leidiane Priscilla de Paiva Batista/ leidianepriscilla@gmail.com/ Universidade Estácio de Sá Edson Oliveira de Paula/ Universidade Estácio de Sá Tharcia Priscilla de Paiva Batista Matos/ Universidade Estadual do Ceará Eixo Temático: Políticas educacionais, avaliação e currículo Resumo A percepção é a apreensão de uma situação específica, fundamentada em sensações e seguida de representações e, comumente, de juízos (BALLONE, 2007). Perceber as paisagens e construir a realidade é um processo único para cada indivíduo, uma vez que cada indivíduo reage, responde e percebe o meio de maneira singular (TUAN, 2012). O estudo da percepção ambiental é uma ferramenta importante para auxiliar na compreensão dos comportamentos com relação ao meio ambiente adotados por determinado grupo. Através desta ferramenta, é possível observar o uso dos recursos naturais por este grupo e a inter-relação que desenvolve com o meio. Com isso, é possível contribuir para elaboração de planos de ações de conscientização acerca dos problemas ambientais e na mudança de atitudes. O intuito desta iniciativa foi investigar a percepção ambiental de alunos de 6º anos da escola pública municipal Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no bairro Carlito Pamplona, Secretária Executiva Regional I, periferia de Fortaleza. Ainda, objetivou-se diagnosticar a compreensão acerca do conceito de meio ambiente e de educação ambiental destes estudantes; verificar o entendimento deles a respeito dos principais problemas ambientais que acometem o ambiente urbano; identificar a percepção do papel individual, comunitário e governamental ante os problemas ambientais. O presente trabalho poderá contribuir para elaboração de práticas pedagógicas mais efetivas voltadas para conscientização ambiental em áreas urbanas, assim como busca de soluções, nos âmbitos pessoal, comunitário e governamental para os problemas ecológicos. O bairro periférico Carlito Pamplona localiza-se no Oeste da cidade e é limitado pelos bairros Álvaro Weyne, Cristo Redentor, Pirambu, Jacarecanga, Monte Castelo e Vila Ellery. Distante aproximadamente 9 km do centro de Fortaleza, este bairro possui cerca de 22,437 habitantes, de acordo com censo demográfico do IBGE (2010), constituindo um dos bairros com maior densidade demográfica da cidade. Para realização do trabalho, escolheu-se alunos de 6º anos. A escolha baseou-se por ser uma série inicial do ensino fundamental II, em que as disciplinas de ciências e geografia discutem a temática ambiental. Foi aplicado, nas turmas deste ano de ensino, questionário sobre percepção ambiental com questões abertas e fechadas, abordando assuntos como educação ambiental, problemas ambientais e soluções para os mesmos. Foram respondidos 46 questionários, sem identificação nominal. A elaboração do questionário deu-se de maneira interdisciplinar e foi pautada em levantamento bibliográfico e no diálogo entre os autores, pertencentes a áreas distintas: biologia, química e geografia. O questionário conteve oito questões, sendo três objetivas e cinco subjetivas. Posteriormente, os dados obtidos com as respostas foram agrupados e tabulados em planilha eletrônica. Notou-se que a maior parte dos alunos (82,6%) possui entre 11 e 12 anos. Dentre os entrevistados que souberam responder o nome do bairro em que reside, 69% são oriundos do mesmo bairro onde está localizada a escola e o restante é oriundo dos bairros vizinhos Cristo Redentor, Pirambú, Barra do Ceará e Álwaro Weyne. 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