Artigo Anais CONADIS

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-186X

“NÃO VOU SAIR DO CAMPO PARA PODER IR PARA ESCOLA, EDUCAÇÃO NO CAMPO É DIREITO E NÃO ESMOLA!”

Palavra-chaves: EDUCAÇÃO, CAMPO, UNIVERSIDADE, EXTENSÃO, EXTENSÃO Comunicação Oral (CO) AT 09 - Educação e comunicação no Semiárido
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      A constituição federal desde 1988 diz que educação é um dever do estado e direito do povo, porém apenas em 2008 a Lei de diretrizes e Bases da educação brasileira estabeleceu especificidades para educação da população do campo. Reflexo da enorme disparidade entre a qualidade da educação oferecida à população campesina e urbana. Em contrapartida as Universidades Federais brasileiras primam por excelência no ensino, se destacando como exemplo no cenário de produtividade mundial, tendo como norteador o princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, previsto na constituição federal. É impreterível que as ações de extensão estejam voltadas para sociedade e principalmente atuando junto à educação de base, em áreas que foram historicamente negligenciadas e ainda são, no que se refere a qualidade educacional, como a educação do campo no Brasil. O trabalho objetiva fomentar a atuação da universidade na educação básica da comunidade rural do semiárido norte rio-grandense. As ações de intervenção escolar ocorreram na Escola municipal Manoel Mariz, zona rural do município de Serra Negra do Norte-RN, por docentes e discentes do Programa de pós-graduação em Biologia Parasitária (P.P.G.B.P.). O conteúdo ministrado teve enfoque parasitológico relacionado com a região. As intervenções foram planejadas meses antes, por integrantes do P.P.G.B.P. na UFRN, idealizando metodologias de ensino lúdicas para o ensino de parasitologia de acordo com o nível de escolaridade dos alunos. Em Serra Negra as intervenções educativas foram realizadas em 3 etapas: 1- Aplicação das ações educativas na escola; 2- Aula na Estação Ecológica de Serra Negra do Norte (ESEC do Seridó); 3- Coleta de amostra de fezes para exames parasitológicos das crianças. As ações de intervenção na escola acontecem desde 2014, colocando em pauta os temas enteroparasitoses, dengue, chagas, raiva, leishmaniose e esquistossomose, que são inerentes ao contexto rural e consideradas doenças negligenciadas. As aulas na ESEC do Seridó proporcionam aos alunos o conhecimento da fauna e flora da caatinga, realizando trilhas ecológicas e promovendo a compreensão do papel da Estação Ecológica do Seridó para a conservação da natureza. Os exames de fezes geram laudos para as crianças, as quais através do agente de saúde o recebem juntamente com o medicamento para combater a infecção, além disso os alunos obtêm orientações sobre como prevenir as parasitoses e como ocorre a infecção. A integração de discentes da Universidade Federal de área urbana com a escola municipal rural permite a percepção de uma realidade de educação no Brasil muito diferente da que eles usufruem, pois a grande maioria dos estudantes são advindos do ensino particular urbano, sendo de grande valor didático pedagógico para os discentes conhecer o que é uma escola rural e como ocorre o processo pedagógico nesse cenário. Os discentes fazem as vezes de professores nas intervenções educativas, porém saem com uma experiência única em educação rural no Brasil, compreendendo suas particularidades por vivenciá-las na prática. A universidade deve servir para a sociedade como um agente de transformação social, realizar ações educativas em ambientes que a educação foi historicamente negligenciada é uma forma de subverter a estrutura da educação de baixa\r\n
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      qualidade para comunidade campesina. Percebe-se claramente o sentimento de desalento entre estudantes de escolas de comunidades rurais com relação ao acesso no ensino superior, fomentando o pensamento que aquele espaço não lhes pertence, uma vez que geralmente ninguém da sua família o teve. Inserir a universidade nesse contexto faz essa perspectiva começar a mudar, o que podemos notar entre os alunos que relatam o desejo de estudar em uma universidade após as intervenções educativas, despertando nos alunos do campo desde cedo que o acesso ao ensino superior público, gratuito e de qualidade é direito e não esmola.
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      qualidade para comunidade campesina. Percebe-se claramente o sentimento de desalento entre estudantes de escolas de comunidades rurais com relação ao acesso no ensino superior, fomentando o pensamento que aquele espaço não lhes pertence, uma vez que geralmente ninguém da sua família o teve. Inserir a universidade nesse contexto faz essa perspectiva começar a mudar, o que podemos notar entre os alunos que relatam o desejo de estudar em uma universidade após as intervenções educativas, despertando nos alunos do campo desde cedo que o acesso ao ensino superior público, gratuito e de qualidade é direito e não esmola.
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Publicado em 07 de dezembro de 2018

Resumo

A constituição federal desde 1988 diz que educação é um dever do estado e direito do povo, porém apenas em 2008 a Lei de diretrizes e Bases da educação brasileira estabeleceu especificidades para educação da população do campo. Reflexo da enorme disparidade entre a qualidade da educação oferecida à população campesina e urbana. Em contrapartida as Universidades Federais brasileiras primam por excelência no ensino, se destacando como exemplo no cenário de produtividade mundial, tendo como norteador o princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, previsto na constituição federal. É impreterível que as ações de extensão estejam voltadas para sociedade e principalmente atuando junto à educação de base, em áreas que foram historicamente negligenciadas e ainda são, no que se refere a qualidade educacional, como a educação do campo no Brasil. O trabalho objetiva fomentar a atuação da universidade na educação básica da comunidade rural do semiárido norte rio-grandense. As ações de intervenção escolar ocorreram na Escola municipal Manoel Mariz, zona rural do município de Serra Negra do Norte-RN, por docentes e discentes do Programa de pós-graduação em Biologia Parasitária (P.P.G.B.P.). O conteúdo ministrado teve enfoque parasitológico relacionado com a região. As intervenções foram planejadas meses antes, por integrantes do P.P.G.B.P. na UFRN, idealizando metodologias de ensino lúdicas para o ensino de parasitologia de acordo com o nível de escolaridade dos alunos. Em Serra Negra as intervenções educativas foram realizadas em 3 etapas: 1- Aplicação das ações educativas na escola; 2- Aula na Estação Ecológica de Serra Negra do Norte (ESEC do Seridó); 3- Coleta de amostra de fezes para exames parasitológicos das crianças. As ações de intervenção na escola acontecem desde 2014, colocando em pauta os temas enteroparasitoses, dengue, chagas, raiva, leishmaniose e esquistossomose, que são inerentes ao contexto rural e consideradas doenças negligenciadas. As aulas na ESEC do Seridó proporcionam aos alunos o conhecimento da fauna e flora da caatinga, realizando trilhas ecológicas e promovendo a compreensão do papel da Estação Ecológica do Seridó para a conservação da natureza. Os exames de fezes geram laudos para as crianças, as quais através do agente de saúde o recebem juntamente com o medicamento para combater a infecção, além disso os alunos obtêm orientações sobre como prevenir as parasitoses e como ocorre a infecção. A integração de discentes da Universidade Federal de área urbana com a escola municipal rural permite a percepção de uma realidade de educação no Brasil muito diferente da que eles usufruem, pois a grande maioria dos estudantes são advindos do ensino particular urbano, sendo de grande valor didático pedagógico para os discentes conhecer o que é uma escola rural e como ocorre o processo pedagógico nesse cenário. Os discentes fazem as vezes de professores nas intervenções educativas, porém saem com uma experiência única em educação rural no Brasil, compreendendo suas particularidades por vivenciá-las na prática. A universidade deve servir para a sociedade como um agente de transformação social, realizar ações educativas em ambientes que a educação foi historicamente negligenciada é uma forma de subverter a estrutura da educação de baixa qualidade para comunidade campesina. Percebe-se claramente o sentimento de desalento entre estudantes de escolas de comunidades rurais com relação ao acesso no ensino superior, fomentando o pensamento que aquele espaço não lhes pertence, uma vez que geralmente ninguém da sua família o teve. Inserir a universidade nesse contexto faz essa perspectiva começar a mudar, o que podemos notar entre os alunos que relatam o desejo de estudar em uma universidade após as intervenções educativas, despertando nos alunos do campo desde cedo que o acesso ao ensino superior público, gratuito e de qualidade é direito e não esmola.

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