Artigo Anais CONADIS

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-186X

DIFERENÇA NA PERCEPÇÃO VISUAL DA RICHARDIA GRANDIFLORA PELOS POLINIZADORES EM AMBIENTE DE CAATINGA E MATA ATLÂNTICA

Palavra-chaves: FLORES, SINAL VISUAL, COLORAÇÃO, ABELHAS, ABELHAS Pôster (PO) AT 03 - Riquezas naturais do semiárido: preservação e conservação
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Publicado em 07 de dezembro de 2018

Resumo

As plantas investem em percepções de cor na finalidade de otimizar sua atratividade para os polinizadores (Chittka e Raine 2006), ficando a cargo do polinizador processar essas informações e decidir a utilização da planta (Bowdan e Wyse, 1996). A Richardia grandiflora (Rubiaceae) é uma planta ruderal com distribuição neotropical (Andersson, 1992) nativa do Brasil, com ocorrência nos biomas Caatinga, Mata Atlântica e Cerrado (Maia-Silva, et al., 2012). Dessa forma o objetivo desse estudo foi comparar as flores Richardia grandiflora provenientes de Caatinga e Mata Atlântica de acordo com a visão dos himenópteras. O estudo foi realizado em áreas de Caatinga e Mata Atlântica através da coleta de flores da Richardia grandiflora na Floresta Nacional de Açu, Açu/RN, (Caatinga) e na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal/RN (Mata Atlântica). Foram coletados 10 botões florais, às 10h00 e às 15h00, e realizadas medições da refletância das flores com auxílio do espectrofotômetro USB4000-UV-VIS (Ocean Optics, Inc.), fonte de luz DH-2000 (Ocean Optics, Inc.) e processados no software Spectrasuit (Ocean Optics Inc.). Os pontos de medida foram a ponta externa da pétala (EX) e parte interna da corola (INT). Os dados obtidos foram modelados no programa R para observar como os insetos percebem as flores dos diferentes ambientes, para isso foi utilizado o pacote PAVO 2.0 (Maia et. al., 2018). Para observar em qual ambiente e em qual horário os possíveis polinizadores conseguem distinguir com maior facilidade as flores do background (folhas) foram calculados os contrastes cromáticos em unidades de JND (just-noticeable-difference). Através da modelagem foi possível observar que os polinizadores percebem a coloração das flores que ocorrem nos dois biomas na faixa azul-verde. O padrão de refletância das flores da Caatinga diferiu do padrão de refletância das flores da Mata Atlântica. Observamos que ao longo do dia essas flores, aparentemente, mudam sutilmente a intensidade de sua coloração, com diferenças no espectro e na percentagem de refletância. Os valores de JND para as flores da Caatinga e Mata Atlântica sugerem que, no início da manhã as flores são mais detectáveis que ao final da tarde. A expressão de cores em diferentes ambientes por uma mesma espécie pode ser uma estratégia para maximizar a atração dos polinizadores, evitando a competição com a flora local (Ruxton e Schaefer, 2016). A elevada percepção das flores no início da manhã nos dois ambientes, aparenta esforço da planta em atrair os polinizadores nesse horário, que também é o horário onde há maior atividade dos seus principais polinizadores (Cruz e Martins, 2014), estratégia certamente para aumentar o sucesso de polinização da Richardia grandiflora. Assim, as populações de Richardia grandiflora dos biomas estudados apresentaram diferenças sutis em sua percepção. Estudos posteriores poderão esclarecer melhor se essas mudanças de coloração estão relacionadas com a disponibilidade de recursos e com a atratividade de polinizadores.

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