Com o objetivo de dar forma escrita a algumas reflexões clínicas que incidem sobre o “fracasso escolar” e suas causas na atualidade, este trabalho propõe uma reflexão sobre os projetos e métodos de inclusão e, por vezes, seus resultantes processos de exclusão. Assim sendo, propõe-se pensar a dinâmica inclusão - exclusão a partir do universo de alunos que não se enquadram na categoria de “especiais”, mas no todo escolar e que carregam o peso do “fracasso” escolar. Esse percurso é feito tendo como pano de fundo a atual situação da educação, repleta de impasses, de novas configurações, contingências e implicações inerentes ao tempo no qual nos encontramos e de casos clínicos acompanhados em consultório. Observou-se que, apesar dos avanços importantes da ciência e das investidas políticas e legais que a inclusão tem sofrido, é preciso acolher o que se instaura no limite entre o patológico, o pedagógico e o psicológico, nas entrelinhas do “fracasso” no processo educativo. É preciso ir da impotência ao impossível; é preciso propiciar a mobilização do sujeito em busca do desejo, quebrando o peso dos nomes a ele atribuídos, dentre eles o “fracasso”.