Ao se pensar em inclusão na educação infantil, surgem inúmeros desafios ao considerar a inserção de crianças com deficiência ou com alguma alteração em seu desenvolvimento nos espaços de educação, desde a sua idade mais tenra. Esse período é crucial para a sua formação nos diversos aspectos de seu desenvolvimento, sejam eles físicos, psíquicos e sociais, o que requer olhar para as relações e propostas pedagógicas estabelecidas pelo educador com as crianças. Assim, o presente trabalho buscou refletir sobre os resultados de uma pesquisa em andamento do mestrado em educação, culturas e identidades acerca do perfil de crianças com deficiência ou com alguma alteração em seu desenvolvimento, desde aquelas que tinham ou não laudo diagnóstico, apresentadas pelas coordenadoras de creches e Cmeis do município de Recife, considerando a proposta de práticas pedagógicas desenvolvidas com estas crianças. Os resultados evidenciaram a ausência de uma prática pedagógica definida, assim como diversidade de diagnósticos presentes nestes espaços. Tal estudo propiciou pensar sobre como os educadores desenvolvem a inclusão em sua prática de trabalho, considerando que ainda fica evidente a prevalência da ausência de informações sobre as dificuldades apresentadas pelas crianças como um dado presente na realidade dos espaços de educação, o que acaba fragilizando a promoção de um desenvolvimento que considere a singularidade da criança.