INTRODUÇÃO: Para a Organização Mundial de Saúde (OMS) o envelhecimento é um processo fisiológico que começa na concepção e ocasiona mudanças contínuas no organismo humano, dentre estas alterações está o fato de que o idoso se torna mais vulnerável a agressões externas. Com a vulnerabilidade crescente o idoso, este pode desenvolver a Síndrome da Fragilidade (SF), que apesar de não ter uma definição única, é na maioria das definições encontradas dita como uma síndrome multissistêmica que diminui as reservas fisiológicas e aumenta o declínio funcional, dificultando a manutenção da homeostase diante de estressores. OBJETIVOS: Elucidar, de acordo com a literatura científica, o perfil de idosos considerados frágeis ou suscetíveis a Síndrome da Fragilidade. METODOLOGIA: Revisão sistematizada da literatura realizada através de metapesquisa simples no portal da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) para satisfazer as necessidades de pesquisa geradas pelo questionamento norteador: Qual o perfil dos idosos portadores da Síndrome da Fragilidade ou suscetíveis a esta? A pesquisa aconteceu entre os meses de fevereiro e março de 2013, utilizando como Descritores de Saúde (DECs) os termos “idoso fragilizado”, “saúde do idoso” e “idoso”. O idioma (português), limites (idoso), assunto principal (idoso fragilizado), tipo de estudo (artigos completos - 04) e o ano (2009 a 2012) foram utilizados como critérios seletivos de um protocolo pré-formulado que possibilitou a organização de variáveis pertinentes ao objeto de estudo (conceito, diagnóstico, implicações a saúde) e o respaldo literário para interpretação analítico-descritiva. Sobre o aspecto ético deste estudo, infere-se que no Brasil não há impedimento legal para a realização de pesquisas de revisão literária, sistemática ou metapesquisa/metanálise. RESULTADOS: Após leitura direcionada das fontes de pesquisa, observou-se que o perfil mais acometido pela Síndrome da Fragilidade do idoso é descrito pelas condições: pertencer ao gênero feminino, pertencer à faixa etária maior (mais velha), ser portador de alguma comorbidade (sendo as mais comuns hipertensão arterial e alterações visuais), ter medo de cair, apresentar maior dependência nas Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD) e fazer uso de medicamentos para diversas situações de necessidades terapêuticas (em geral mais que um). CONCLUSÃO: A Síndrome da Fragilidade é responsável por diminuir a qualidade de vida e a autonomia dos idosos, uma vez que a fragilidade causa prejuízo nas atividades diárias, o que faz o idoso se tornar dependente para realização dessas atividades. Sendo assim, indica-se a identificação precoce dos idosos frágeis e a adequação de todos os serviços de saúde a essa nova demanda relacionada ao envelhecimento. Saber reconhecer antecipadamente o perfil de idosos que possam vir a desenvolver a Síndrome da Fragilidade é fato que pode otimizar de forma importante a lide com este público; posto que, várias necessidades de saúde deste grupo etário são causadas não pela maior exposição a agentes agressores; mas sim, pelo aumento da suscetibilidade aos mesmo agentes, mesmo que em pequenas exposições.