Introdução: O aumento da expectativa de vida nos países em desenvolvimento tem provocado preocupação com a qualidade de vida e o bem-estar dos idosos. O envelhecimento populacional e o aumento da ocorrência de doenças crônico-degenerativas provocam a necessidade da preparação e adequação dos serviços de saúde, incluindo a formação e capacitação de profissionais para o atendimento desta nova demanda. Nesta perspectiva, as quedas de idosos são atualmente uma das preocupações, pela frequência e pelas consequências em relação à qualidade de vida. Objetivo: O presente estudo teve o objetivo de analisar a prevalência de quedas em idosos nos últimos 12 meses que são assistidos na Unidade de Saúde da Família quatro estações e os fatores associados. Método: Pesquisa descritiva exploratória com abordagem quantitativa, com amostra composta por 30 idosos (60 anos ou mais). Foram incluídos no estudo os idosos de 60 anos ou mais, com boa compreensão e excluídas do estudo os que tinham menos de 60 anos e déficit cognitivo grave. Foi utilizado como instrumento na coleta dos dados um roteiro de entrevista contendo perguntas objetivas sobre as características sociodemográficas, condição de saúde e quedas. Os dados foram organizados no programa Epi-Info 2000 para Windows e posteriormente foi feita a análise estatística descritiva. Resultados: Evidenciamos que a prevalência de quedas entre os idosos foi de 60%, significativamente maior nas mulheres (61,11%). Entre os que sofreram quedas, 38,88% tiveram fratura como consequência. A prevalência de quedas associou-se com idade avançada, sedentarismo, maior número de medicações referidas para uso contínuo e número elevado de comorbidades. Conclusão: Os resultados obtidos neste estudo mostraram que a prevalência de quedas entre idosos é bastante alta e que embora alguns dos possíveis fatores associados sejam passíveis de prevenção, ainda ocorrem quedas em locais que deveriam ser considerados seguros, como a casa do idoso. Desta forma, consideramos que a prevalência de quedas entre os idosos poderia ser diminuída com o planejamento de ações realizado pelo fisioterapeuta, voltadas às suas necessidades principalmente nas suas residências, especialmente em relação aos fatores associados passíveis de prevenção.