A pelletização de resíduos agrícolas e agroindustriais consiste, na compactação de resíduos agroflorestais, de modo a obter produtos com maior densidade em kg/m³ e densidade energética em kg/m³ superiores às dos resíduos originais. Objetivou-se produzir e avaliar a qualidade de pellets a partir dos resíduos de capim elefante (Pennisetum purpureum Schum), sob diferentes tratamentos. Caracterizou-se os resíduos a partir da determinação de umidade, análises químicas imediata e estrutural, poder calorífico superior e poder calorífico útil e densidade a granel. Para produção de pellets foram estabelecidos três tratamentos, T1 100% capim, T2 capim sob adição de amido de trigo e T3 capim sob a adição de vapor. A caracterização dos pellets deu-se por meio das análises poder calorífico superior e poder calorífico útil, dimensões, densidade a granel, durabilidade, porcentagens de finos, dureza, umidade de equilíbrio higroscópico e densidade energética. Houve, também, a comparação das propriedades dos pellets com os valores determinados pela norma europeia. Os dados foram submetidos aos testes de Lilliefors para testar a normalidade, e Cochran para testar a homogeneidade das variâncias. Em seguida, procedeu-se à análise de variância pelo teste F, sendo as médias comparadas pelo teste Tukey. Considerou-se sempre o nível de significância de 5%. Utilizou-se o software R, versão 2.13.1. (R Development Core Team, 2008). Considerando os dados deste estudo, o tratamento T2, Capim + amido, apesar do teor de umidade mais alto, obteve melhores valores nas análises, baixos teores de cinzas e finos, altos para durabilidade mecânica e dureza, conferindo a esse tratamento a melhor avaliação para produção de pellets. Então, concluiu-se que o resíduo de capim elefante (Pennisetum purpureum Schum) mostra-se viável para a produção de pellets, os produtos obtidos foram homogêneos e de fácil manuseio. Sendo uma alternativa viável como fonte de renda para a população do semi-árido. Todos os tratamentos produzidos atendem as especificidades da NORMA EM 14961-6 (DIN, 2012) - NÃO MADEIRA. Por fim, ressalta-se a necessidade de novos estudos com essa biomassa, bem como diferentes tratamentos para produção de pellets.