INTRODUÇÃO: O processo de envelhecimento populacional tem aumentado devido a redução da mortalidade geral e infantil, diminuição das taxas de fecundidade e aumento da expectativa de vida. A tendência é que esse envelhecimento traga novas demandas sociais, políticas e econômicas (Alverenga, et al, 2009). No Brasil, este processo aconteceu de forma acelerada, dificultando o desenvolvimento de ações para suprir as necessidades básicas da população idosa. Com o efeito da transição demográfica, surge a participação ativamente do idoso no mercado de trabalho. Porém, a sociedade ainda apresenta "preconceito” de que pessoas nessa faixa etária devam afastar-se do mundo laboral, aposentando de forma definitiva e deixando essa função social para os mais jovens. O trabalho e o envelhecimento tem uma relação positiva, pois os idosos trabalhadores tendem a apresentar melhores condições de saúde que a população de idosos em geral, conduzindo a um padrão melhor de qualidade de vida (Giatti, et al, 2003; Ramos, et al., 2008). Desse modo, o objetivo do presente estudo é compreender a repercussão do ato de trabalhar no processo saúde/doença e a qualidade de vida dos idosos. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática de abordagem qualitativa, elaborado a partir de fontes primárias que se constituíram em artigos de bases indexadas do Scielo. Para tanto, não foi realizado nenhum corte epistemológico relacionado aos anos de publicação, sendo utilizado como critérios de inclusão apenas a abordagem da temática. Já as fontes secundárias partiram de livros do acervo da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte no Campus Avançado Professora Maria Elisa de Albuquerque Maia. Para a análise e tratamento dos dados foi utilizado como referencial a Análise de Conteúdo, idealizada por Bardin (2010). RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foi possível perceber que o número de idosos que continuam trabalhando com carteira assinada ou no mercado informal tem dobrado nas últimas décadas. Os idosos, apesar de já estarem aposentados, continuam trabalhando por conta própria e por desejarem fugir do estigma de improdutivos (Ramos, et al, 2008). O envelhecimento e o trabalho demonstram uma relação de simbiose, uma vez que tendem a trazer benefícios aos idosos que trabalham, melhoria nas condições de saúde e na qualidade de vida, isso, em comparação aos idosos de uma forma geral, incluindo inválidos, aposentados e desempregados. A falta de uma ocupação laboral é refletida em problemas de saúde, hábitos nocivos e maior taxa de mortalidade. (Giatti, et al, 2003). CONCLUSÃO: Conclui-se que o envelhecimento populacional mudou as formas de relações sociais. A participação do idoso no mercado de trabalho apresenta uma grande carga de valor social, pois os recursos provindos, sejam de um trabalho realizado ou dos benefícios vindos da previdência, são de fundamental importância para integrar o idoso no espaço social. O ato de trabalhar na terceira idade deve ser realizado de maneira correta, visualizando as condições e adaptações necessárias para o idoso laborar, evitar riscos à saúde e buscar atender suas necessidades, a fim de minimizar o acometimento de doenças e agravos.