O envelhecimento constitui-se um real problema de saúde pública. Por um lado, tido como um avanço pelo adiantamento cientifico e tecnológico, por outro, as políticas de saúde necessitam acompanhar efetivamente esse processo que é desafiador. A população brasileira na faixa etária de 60 anos cresceu consideravelmente, sendo de três milhões em 1960, alcançando sete milhões em 1975 e 14 milhões em 2002. Nesse sentido, torna-se indispensável aumentar o número de pesquisas nesse campo, já que as que existem, ainda são insuficientes. Isso é posto, a fim de fomentar estratégias que venham minimizar os prejuízos causados pelo envelhecimento, através de implantação de políticas públicas saudáveis e criação de programa que garantam a qualidade de vida e manutenção da saúde daqueles que chegam à velhice Esse estudo tem como objetivo averiguar os ganhos obtidos com a prática regular de exercícios físicos em um programa estruturado para idosos da zona rural, do município de Sobral, Ceará. Inicialmente, logo na primeira etapa, se deu pela buscagem de idosos no distrito de Taperuaba com uso de alguns meios de comunicação, como rádio e aparelhagem de som por quatro monitores do Curso de Educação Física da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA, que acompanhariam o programa com supervisão do professor/orientador. Foi elaborado um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), tendo em vista os aspectos éticos como: beneficência, justiça e respeito às pessoas envolvidas no estudo. Percebeu-se com o primeiro contato, que os idosos desconheciam a importância da prática de exercícios para manter-se melhor e mais saudável. Todavia, com a continuidade das intervenções os sujeitos começaram a notar a diferença do antes e o após a inserção no programa. Observaram-se nessa pesquisa, ganhos consideráveis resultantes do programa de 12 semanas para um grupo de idosos. Estão contidas nos relatos dos sujeitos melhoras significativas na deambulação, mobilidade, amplitude articular, algias na coluna, cansaço físico, estresse, melhora no desempenho das atividades diárias, socialização e integração com o grupo. Portanto, averiguou-se que o programa foi efetivo e contemplou os objetivos desse estudo. Observou-se que 80% das pessoas que fizeram o depoimento encontraram suas condições físicas aprimoradas e mostraram-se bastante satisfeitos com o programa apresentado, 20% relatam bem estar durante e após as atividades, mas não comprovaram nenhum ganho em suas patologias. Desse modo, a inserção de idosos em grupos de convivências, programas de exercícios físicos e outras práticas corporais pode minimizar prejuízo, além de ser exitoso na manutenção do bem-estar físico, fisiológico e psíquico, conservando-se mais saudável na terceira idade. Tais programas mostram se efetivos em produzir impactos sociais e garantir maior longevidade e saúde global dos sujeitos envolvidos.