Introdução: Hoje no Brasil, segundo dados do Censo, existem três milhões de idosos que moram sozinhos, o que representa 14% do total de brasileiros com mais de 60 anos (IBGE, 2011). Mesmo diante desta realidade as casas de repouso ainda sofrem uma busca frequente por familiares de pessoas com mais de 60. E um dos maiores problemas referentes aos idosos e a estadia em casas de repouso, é o abandono que eles sofrem por parte de seus familiares. Tendo em vista essa realidade, acreditamos que seja de grande valia observar alguns aspectos sócio-afetivos como, auto-estima e os relacionamentos interpessoais destes indivíduos. Objetivo: Determinar a auto-estima destes idosos, evidenciando algumas divergências relacionadas ao gênero sexual, quanto ao comportamento dos mesmos dentro do convívio social. Metodologia: Foram entrevistados 9 indivíduos, de ambos os gêneros (5 homens e 4 mulheres), com média de idade de 80,22 ± 3,99 anos de idade. Todos os sujeitos da amostra residem no Instituto Juvino Barreto, situado na cidade do Natal-RN. Os mesmos foram submetidos a aplicação de um questionário fechado contendo uma adaptação da Escala de Autoestima de Rosenberg e do Perfil do Estilo de Vida Individual, somando 16 questionamentos. Os dados foram tratados por grupamentos percentuais, assim expondo a alternativa que mais se evidencia a cada questão respondida pelos participantes da pesquisa. Resultados: Segundo os resultados obtidos com as respostas dos questionários, pode-se observar que 77,77% dos entrevistados apresentam bom nível de autoestima, entretanto também constata-se que 50% da população do gênero feminino demonstraram respostas negativas relacionadas a autoestima. Evidenciando que 25% da população feminina respondeu de forma negativa 30% dos questionamentos referentes a autoestima, enquanto que outros 25% responderam de forma também negativa 60% relacionados ao mesmo questionamento. Quanto às relações interpessoais identificamos que toda a amostra preza pelo bom convívio social. Enquanto que 60% dos homens optam pelo lazer em grupo, se relacionando diretamente com os amigos. Em contra partida, observa-se que 50% das mulheres enxergam como bom convívio social manterem-se ativa em sua comunidade, mostrando-se útil no seu ambiente social. Também é válido pontuar que os 50% da população feminina, que efetuam atividades diárias para o bem comum social, apresentaram 100% de respostas positivas nos questionamentos referentes a autoestima. Conclusão: Constata-se que a maior parte da população investigada apresentou uma autoestima elevada, sendo que metade da população feminina apresentou baixa autoestima e as mesmas não exerciam atividades em sua comunidade, diferente da outra metade das mulheres agia de forma ativa no seu convívio social, e autoestima elevada. Entendemos que é imprescindível a realização de mais estudos com essa temática e com maior variação numérica de amostra e de instituições desse ramo para que sejam obtidos resultados mais fidedignos e consensuais.