Trata-se de um relato de experiência realizado em uma clínica de doença infectocontagiosa de um Hospital Universitário do estado da Paraíba. Tem por objetivo relatar a experiência de profissionais de saúde ao acompanhar a internação hospitalar de uma idosa com infecção por herpes zoster em um dos seios e durante a sua internação foi diagnosticado um câncer de mama. Durante a vivência foi possível reconhecer as dificuldades enfrentadas pela paciente, sendo algumas dessas o afastamento do convívio familiar, a exposição do seu corpo e sua intimidade para pessoas estranhas, quando já é difícil de desvelar do seu pudor diante de familiares, e principalmente a de estar acometida por uma doença de maneira deformante em uma parte de seu corpo considerada símbolo da feminilidade para mulher, estando esta mulher desta forma passando por alterações físicas e psicológicas, demonstrada através de suas dúvidas e seus anseios. Nesse contexto, faz-se necessário que os profissionais de saúde sejam capaz de identificar todas as alterações e sofrimentos físicos expressos pela paciente, bem como os sofrimentos psicológicos que nem sempre são expressos por palavras, mas muitas vezes por um olhar, um gesto. A assistência a esta paciente foi pautada em princípios básicos de humanização considerando-a como pessoa com necessidade de um cuidado holístico, visando também o respeito aos princípios éticos e a sua dignidade. Desta forma, se faz necessário que todo profissional de saúde esteja capacitado para identificar as necessidades e particularidades do paciente durante sua internação, independente de que estas sejam expressas por palavras ou não, tendo este profissional que receber durante sua formação acadêmica subsídios para desenvolver uma prática profissional que atenda todas estas peculiaridades.