Introdução: O envelhecimento é um processo também caracterizado pela diminuição de algumas funções fisiológicas, essas influenciam diretamente nas características hemodinâmicas como, por exemplo, a pressão arterial. A prática da caminhada na água, como um método aeróbio de atividade física, mostra-se eficaz na reabilitação e estabilidade dessas funções, além de contribuir para questões sociais e afetivas dos idosos. Objetivo: Analisar a variável pressão arterial em resposta a um treino aeróbio no meio líquido, a fim de averiguar o efeito hipotensor pós-exercício físico. Metodologia: A pesquisa caracteriza-se como sendo quase experimental devido ao fato de não ter ocorrido controle rigoroso das variáveis intervenientes. A população é composta por idosos, sendo 17 no total, divididos em dois grupos (GE = experimental e GC = Grupo Controle). O GE (n=9) apresenta média de idade de 63,4+3,7 anos e o GC (n=8) média de 62,5+4 anos. Para identificar os possíveis efeitos na variável dependente optou-se por utilizar um programa de treinamento aeróbio no meu líquido (Caminhada na água) com duração de 8 semanas e com sessões de 40 minutos, sendo desenvolvidas 3 vezes na semana. Como critério de inclusão no programa, foi solicitada de forma voluntária a assinatura do Termo de Consentimento Livre Esclarecido e foram elucidados sobre o estudo de acordo com a Resolução 196/1996 do Conselho Nacional de Saúde, assim como laudos médicos informando que os mesmos poderiam participar de uma atividade aeróbia de intensidade leve a moderada no meio aquático, como também apresentarem quadro de hipertensão arterial, podendo ainda ser obesos e/ou diabéticos. Para verificação da pressão arterial utilizou-se como padrão o lado esquerdo do braço, essa verificação ocorreu antes e após a atividade proposta. O tratamento estatístico deu-se através da estatística descritiva analisando os resultados de acordo com médias e desvios padrão, sendo utilizado para estatística inferencial o Teste T pareado, levando em consideração uma significância de p<0,05. Resultados: Obtiveram dados da Pressão Arterial Sistólica (PAS) pré-exercício dos GE e GC respectivamente de 122,22+8,3 e 121,25+12,4 mmHg, os resultados pós exercício se deram da seguinte forma, GE (120,00+5,3 mmHg) e GC (125,00+7,5 mmHg). Quanto a Pressão Arterial Diastólica (PAD) os resultados apresentados pré-exercício e pós-exercício após a intervenção para os grupos GE e GC se deram da seguinte forma, GE (Pré=78,8+10,5 e pós=77,5+12,8 mmHg) e GC (pré=75,0+17,72 e pós= 78,7+8,3 mmHg). Após a análise inferencial não foi identificado nenhuma diferença significativa quanto aos pares. Conclusão: Mesmo sem apresentar diferenças significativas entre os pares, pode-se identificar um pequeno benefício quanto às médias. Lembrando que existem diversos fatores que podem ter influenciado nos resultados, tipo os medicamentos utilizados pelos participantes, a quantidade de sessões semanais e o tempo da intervenção. Portanto, podemos utilizar de forma sistemática a atividade física como meio não farmacológico no tratamento de hipertensos nesse programa, uma vez que reduz o risco de lesões para o idoso. Ficou evidente que a realização de sessões de exercícios físicos reduziu a pressão arterial da amostra no período pós-treino, e que sua duração influenciou na resposta hipotensora, devido aos ajustes autonômicos e hemodinâmicos.