Introdução: A depressão em idosos tem sido caracterizada como uma síndrome que envolve inúmeros aspectos clínicos, etiopatogênicos e de tratamento. As causas de depressão no idoso configuram-se dentro de um conjunto amplo de componentes onde atuam fatores genéticos, eventos vitais, como luto e abandono, e doenças incapacitantes, entre outros. Cabe ressaltar que a depressão no idoso frequentemente surge em um contexto de perda da qualidade de vida associada ao isolamento social e ao surgimento de doenças clínicas graves. Objetivos: Descrever as características sociodemográficas e investigar a presença de sintomas de depressão em idosos cadastrados em Unidades de Saúde da Família do município de João Pessoa-PB. Metodologia: Pesquisa de natureza quantitativa, observacional, do tipo transversal, tendo como amostra participante 100 idosos de sessenta anos ou mais, de ambos os sexos, residentes em domicílios e cadastrados em duas Unidades de Saúde da Família localizadas no município de João Pessoa-PB. A coleta de dados foi realizada no domicílio dos idosos, utilizando como instrumento o roteiro estruturado para obtenção de informações sociodemográficas e a Escala de Depressão Geriátrica (GDS) com o propósito de rastrear sintomas de depressão em idosos, utilizando o escore maior que 5 para associar a sintomatologia depressiva. A análise dos dados foi por meio da estatística descritiva. O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde da UFPB (CEP/CCS/UFPB) com parecer nº 138.228 e CAAE 03469912.3.0000.5188. Resultados: Observa-se o predomínio de idosos do sexo feminino (66%), faixa etária de 60 a 64 anos (26 %), casados (72%), morando com filhos e cônjuge (27%), 4 a 8 anos de estudo (33%) e renda mensal familiar de 1 a 3 salários mínimos (33%). Com relação aos sintomas de depressão com base na Escala de Depressão Geriátrica, nota-se que 34% dos idosos apresentam sintomas de depressão, enquanto a grande a maioria 66% não os manifestaram. Evidenciam-se dois sintomas de maior predomínio, 63% (deixou os interesses e atividades) e 62% (prefere ficar em casa ao invés de sair). Conclusão: Com a demanda cada vez maior de idosos, é necessário que os serviços de saúde, em especial os de atenção primária, estejam preparados para executar uma assistência ao idoso de forma abrangente, para tanto, é preciso que profissionais de saúde sejam capacitados para prestar o acolhimento, identificar sintomas depressivos e tomas as medidas preventivas pertinentes, para garantir a manutenção ou melhoria da qualidade de vida dos idosos assistidos. Descritores: Depressão; Idoso; Unidade de Saúde da Família.