Introdução: O cateterismo urinário é um procedimento utilizado na prática da enfermagem e consiste na inserção de um cateter na bexiga através da uretra. Importante para o diagnóstico e tratamento de processos patológicos, seu uso direciona-se a pacientes que apresentam incontinência urinária, retenção urinária, quando é necessário à avaliação do débito urinário, restrições pós-operatórias, instilação de medicamentos e nas cirurgias urológicas. Nos idosos, o cateterismo urinário de demora, é utilizado, em decorrência das disfunções urinárias relacionadas ao envelhecimento. Por acarretar implicações negativas nos âmbitos emocional, social e econômico tanto para o paciente, como para pessoas próximas, o cuidar da pessoa idosa com cateterização representa um desafio para os profissionais, na busca alternativas de abordagem e tratamento do problema, sendo um problema subestimado. O presente estudo tem por objetivo caracterizar a população idosa cadastrada no Ambulatório de Troca de Cateterismo Vesical de um Hospital Universitário, da cidade de Campina Grande, Paraíba, Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo documental descritivo de abordagem quantitativa. Foram analisados todos os prontuários das pessoas acima de 60 anos de idade, cadastrados no Ambulatório supracitado. Esse serviço oferece atendimento de enfermagem para a troca de cateterismo vesical, para 246 pacientes adultos e idosos procedentes de Campina Grande e de cidades circunvizinhas. A população do estudo foi formada por 201 prontuários de idosos. As variáveis avaliadas foram: sexo, idade, procedência, tipo de cateterismo vesical, frequência de troca do cateter urinário. Dados foram analisados com SPSS versão 21.0. Resultados: A média de idade foi de 78,8 anos, variando de 60 a 99 anos (DP 9,59). Do total de 201 idosos cadastrados, apenas 1% da amostra (n=2) é de mulheres. 53,7% são do município de Campina Grande, 47,3% (93) são procedentes de outras cidades. Quanto à frequência de troca do cateter observou-se que 89,1% (179) cadastrados realizam a troca do cateterismo a cada 30 dias, 6,5% (13) a cada 20 dias. Conforme observado, o tempo de permanência do cateter na via urinária é o principal fator de risco para a Infecção do Trato Urinário. Quanto à via de cateterização utilizada, 75,1% (151) sondagem uretral, 21,9% (44) sondagem suprapúbica ou cistostomia. Conclusões:Esta pesquisa foi relevante para divulgar que o cateterismo urinário apresenta um problema social para o idoso, que passam a depender de um complexo processo de reabilitação para manter uma melhor qualidade de vida. A enfermagem deve estar voltada para as orientações aos cuidados com o cateterismo no domicílio, prevenindo e melhorando a condição dos idosos.