Corantes apresentam estruturas complexas, aromáticos tóxicos, não-biodegradáveis, cancerígenos que geralmente são utilizados como corantes em muitas indústrias como a indústria do papel, impressão, couro, plástico e alimentos. Estas águas residuais industriais são descartadas com grandes quantidades de corantes em fontes de água próximas as indústrias que, por sua vez, poluem os sistemas aquáticos inteiros (Jothirani et al., 2016). Os corantes contidos em águas residuais são muito difíceis de tratar, uma vez que os corantes são moléculas orgânicas recalcitrantes, resistentes à digestão aeróbia e são estáveis à luz, calor e agentes oxidantes. A cor é o primeiro contaminante reconhecido nestas águas residuais (Crini., 2006). Algumas técnicas de remoção úteis estao sendo utilizadas: adsorção em materiais como o carvão ativado, degradação física e química, oxidação de Fenton, degradação eletroquímica e ozonização , porém sao processos onerosos. Os processos de separação por membrana, também conhecidos como osmose reversa, nanofiltração e ultrafiltração tornaram-se conhecidos devido à sua simplicidade e à sua elevada eficiência de separação seletiva. Portanto, processos de baixo custo devem ser investigados para realizar a remoção de corantes, uma vez que é uma prática acessível e sustentável e conduz à universalização deste tipo de tratamento de águas residuais. Uma possível fonte de materiais de baixo custo e com excelentes características adsorventes, que pode conduzir a uma solução bem sucedida, são as argilas. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar a remoção do corante reativo (amarelo BF-3R) a partir de uma membrana inorgânica preparada com a argila (Bofe).