As isotermas de sorção de teor de água são de fundamental importância na otimização do processo de secagem, assim como na determinação de condições favoráveis para a conservação e manutenção da qualidade de produtos alimentícios. A elaboração da farinha a partir da casca de jaca (Artocarpus heterophyllus Lam.) obtida por diferentes métodos de secagem é potencialmente viável para o aproveitamento dos resíduos da fruta, gerando e agregando valor a um novo produto alimentício que poderá ser consumido pela população. O presente trabalho teve por objetivo determinar as isotermas de adsorção das farinhas de casca de jaca obtidas por diferentes métodos de secagem e, a partir dos dados experimentais, testar diferentes modelos matemáticos que predizem o comportamento de adsorção de produtos. Os experimentos foram realizados no Laboratório de Bioquímica e Biotecnologia de Alimentos (LBBA/CES/UFCG) e no Laboratório de Armazenamento e Processamento de Produtos Agrícolas (LAPPA/CTRN/UFCG). Determinou-se as isotermas de adsorção das farinhas utilizando-se o método estático-indireto, na temperatura de 25 ºC. Os dados experimentais obtidos foram ajustados por regressão não-linear, pelos modelos de GAB, Oswin e Peleg, escolhendo-se o melhor, mediante o coeficiente de determinação (R2) e o desvio quadrático médio (DQM). O modelo de GAB apresentou os melhores ajustes às isotermas de adsorção de água das farinhas obtidas por secagem em estufa à 60 °C e FMO, por apresentar o maior R2 (99,90 %) e menor valor de DQM de 0,2974 e as curvas das isotermas foram classificadas como do tipo III.