A história da Pedreira de Esperança, na Paraíba, está diretamente ligada à história e desenvolvimento do estado. Em 1968, o governador João Agripino contratou a construtora Camargo Correa para construir o trecho rodoviário “anel do brejo” BR 104, que liga Campina Grande até à zona do brejo. No município de Esperança-PB, situada na mesorregião Agreste, era extraído a rocha necessária para a produção de brita e pó de brita, que eram utilizados diretamente na mistura do asfalto e na construção de pontes para o trecho “anel do brejo”. A pedreira funcionou enquanto foi construído o sistema rodoviário, onde posteriormente foi abandonada, resultando em sérios impactos sociais e ambientais. Portanto, o trabalho objetiva descrever os impactos socioambientais ocasionados pela atividade mineral em cava abandonada no município Esperança-PB, servindo como base para estudos posteriores de intervenção para áreas ocupadas pela população de baixa renda em suas mediações. Realizamos uma visita à antiga pedreira e entrevistamos um auxiliar de saneamento do município, afim de avaliar os impactos sócio-ambientais ocasionados pelo abandono da pedreira, e por fim buscamos jornais da época concernente aos fatos históricos da pedreira. Os problemas deixados pelo abandono da pedreira geraram impactos ambientais e sociais de caráter crítico, no que diz respeito à segurança da população, às construções habitacionais nas partes montante e jusante da cava, na disponibilidade de saneamento básico, na realização de obras de qualquer ordem.