O desejo nas escolhas afetivo-sexuais são perfis comportamentais complexos na espécie humana, a evolução do comportamento possui bases biológicas moldadas pela seleção natural e deriva genética que vem sendo desvendada pela epigenética. As variedades dessas características nos tornam únicos e vem construindo a história da arte de diferentes movimentos político-sociais, religiosos e da medicina. Nos PCNs de Ciências temas como a sexualidade e orientação sexual estão incorporados como transversais e devem ser apresentados, inicialmente, pelos professores de biologia em sala de aula, essa abordagem determina a aproximação ou não com os educandos. Com o objetivo de conhecer os perfis dos licenciandos, em ciências biológicas da UFRPE, sobre genética e sexualidade das populações LGBTs foi realizado um questionário semiestruturado online com dezesseis questões. Entre as questões de genética a maior dificuldade foi a incompreensão de que os genes apresentam penetrância e expressividade variada. Em relações as questões psico-biológicas e político-sociais de 10% a 40% dos entrevistados tem dificuldade de entender a importância do erotismo nas relações entre casais, da mesma forma que tem dificuldade em aceitar a educação sexual no ensino médio e a aceitação do casamento civil homoafetivo. Assim, a primeira intervenção necessária para desconstruir preconceitos em relação aos grupos LGBTs deve começar na própria universidade.