Introdução: A demência representa uma das mais graves e frequentes doenças da população idosa e não deve ser confundida com o processo natural de envelhecimento. A doença de Alzheimer é a causa mais comum de demência. É uma desordem cerebral degenerativa caracterizada por déficits cognitivos manifestados por distúrbio de memória, associado a um ou mais déficits cognitivos. Trata-se de uma síndrome caracterizada por declínio da capacidade intelectual, que é suficientemente intenso para interferir na vida social e profissional do indivíduo. As alterações de fala e de linguagem, apesar de serem frequentemente notadas, têm sido melhor estudadas nas duas últimas décadas e, da mesma forma, também têm sido melhor investigadas na prática clínica. Objetivo: Revisar a literatura recente sobre as alterações de linguagem em pacientes idosos portadores da doença de Alzheimer. Metodologia: Foi realizada revisão de literatura a partir de artigos entre os anos de 2003 a 2013 relacionados à linguagem na doença de Alzheimer. Resultados: O uso da linguagem depende de conhecimentos múltiplos, incluindo sistemas de informação linguística e sistemas de informação conceitual e perceptual, não linguísticas. O diagnóstico preciso dos déficits cognitivos em idosos envolve a identificação das mudanças que constituem as alterações normais do envelhecimento, separando-as daquelas que são observadas na demência. Uma das dificuldades encontradas decorre da observação de que, nos estágios iniciais, os distúrbios cognitivos da demência sobrepõem-se aos da senescência normal. Entretanto, é fundamental estabelecer o diagnóstico diferencial entre demência e o envelhecimento normal, uma vez que, em alguns casos, o diagnóstico precoce de demência e a definição de sua etiologia são fundamentais para a adequada intervenção tanto medicamentosa, como psicossocial (por exemplo, reabilitação cognitiva). Conclusão: Foi observada a necessidade de se diagnosticar, prevenir e tratar causas de comprometimento cognitivo prevalentes no envelhecimento, que comprometem a independência e inserção social desses indivíduos. O primeiro passo nesse sentido é compreender sinais e sintomas, nos seus aspectos neurobiológicos e comportamentais e, no que diz respeito à linguagem, sua interação com outros declínios na esfera cognitiva.