Este trabalho relata as experiências desenvolvidas em projetos de extensão desenvolvidos entre os anos de 2013 a 2015. Seu objetivo consistiu em analisar as ações realizadas nas escolas do campo, através dos projetos de extensão com ênfase na contextualização curricular, que contribuíram para a formação da identidade e o reconhecimento dos sujeitos campesinos. Com o propósito de aprofundar e fundamentar o tema foram utilizados os autores: Lopes e Macedo (2011) para discute o currículo como prática de significação na escola; Hall (2004) para apresenta a discussão sobre identidade cultural na pós-modernidade; Honneth (2003) que introduz a categoria reconhecimento social a partir da indicação de existência de uma gramática moral dos conflitos sociais; Lima (2015) busca refletir sobre as ausências na formação de professores de um currículo que rompa com as perspectivas dominantes e passe para a contextualização e valorização da cultura campesina. O aporte metodológico foi a abordagem qualitativa, do tipo estudo de caso. Os instrumentos para coleta de dados foram os relatórios elaborados, após a realização dos projetos. Como resultados positivos destacam-se a realização de formações continuadas para os docentes de três escolas do campo da região; A construção coletiva e consolidação dos Projetos Políticos Pedagógicos das instituições; Mudanças significativas na condução do fazer docente a partir da compreensão da necessidade de reconhecimento e construção de identidades que valorizem a cultura campesina. Como limite constata-se a presença intensa da ameaça de fechamento de escolas do campo, na região, pelo poder público municipal.