Artigo Anais III CIEH

ANAIS de Evento

ISSN: 2318-0854

AVALIAÇÃO DA HABILIDADE MANUAL DA MÃO “SADIA” DO HEMIPLÉGICO ATRAVÉS DO PURDUE PEGBOARD TEST COMPARANDO COM A MÃO NÃO DOMINANTE DO IDOSO SAUDÁVEL

Palavra-chaves: HABILIDADE MANUAL, PURDUE PEGBOARD TEST, HEMIPLEGICO Tema Livre (TL) Atenção integral à saúde: promoção, prevenção, tratamento e reabilitação do idoso
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Publicado em 15 de junho de 2013

Resumo

Introdução. A Organização Mundial de Saúde considera Acidente Vascular Encefálico (AVE) como uma síndrome que se caracteriza pelo desenvolvimento de sinais clínicos resultantes de distúrbios, globais ou focais, da função cerebral. E é a terceira causa de morte em países ocidentais e a causa mais importante de incapacidades crônicas. São comuns pacientes pós AVE apresentarem alterações significativas no membro superior (MS) do lado contralateral ao hemisfério cerebral lesado, comprometendo a destreza manual durante a execução de atividade manuais, o que leva ao uso quase que constante do MS ipsilateral ao hemisfério cerebral lesado, estudos têm mostrado uma redução no desempenho sensorial nesses pacientes. O objetivo do presente estudo é avaliar a destreza manual da mão “sadia” de pacientes hemiplégicos e comparar com a habilidade manual da mão “não dominante” de idosos saudáveis através do Purdue Pegboard Test. Metodologia. Trata-se de um estudo de caráter analítico do tipo experimental e transversal, de abordagem quantitativa. A pesquisa foi realizada na Clinica Escola do Departamento de Fisioterapia da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), na Clinica Escola da União de Ensino Superior de Campina Grande (UNESC) e no Centro de Convivência do Idoso da cidade de Campina Grande, no período de fevereiro a março de 2009. A amostra foi dividida em dois grupos, o primeiro, composto por 15 sujeitos com idade superior a 65 anos saudáveis e foi denominado de grupo controle (GC). O segundo, composto por 15 sujeitos hemiplégicos/hemiparéticos com diagnóstico clínico de AVE em sua fase crônica e foi denominado de grupo experimental (GE). Foi realizado em ambos os grupos, o teste de destreza manual utilizando o Purdue Pegboard Test segundo a forma de sub-teste. Os indivíduos hemiplégicos ou hemiparéticos manipularam apenas os pinos, com a mão “sadia” sendo registradas as quantidades de pinos encaixados em três tentativas consecutivas, já os indivíduos sadios realizaram o mesmo procedimento, todavia foi utilizado o MS não dominante. Resultados e Discussão. Dos indivíduos que fizeram parte do GC, quatro eram do gênero masculino (26,7%) e 11 eram do gênero feminino (73,3%). Os mesmo apresentaram idade variando entre 65 e 84 anos, sendo que a média foi de 75,67 ± 5,54. O nível de escolaridade desse grupo variou entre zero e dezessete anos, com média de 4,2 ± 6,28, se enquadrando no perfil das idosas no Brasil. Nossos resultados mostraram, ainda, um p-valor menor do que 0,05 para o teste de Mann Whitney nas três tentativas consecutivas do Purdue Pegboard test, tal fato demonstrou uma menor habilidade manual no lado ipsilateral ao hemisfério cerebral lesado em indivíduos hemiplégicos ou hemiparéticos quando comparados com a habilidade manual do lado não dominante de indivíduos saudáveis com 65 anos ou mais. Conclusão. Existe uma diminuição na habilidade manual da mão “sadia” do GE quando comparada a habilidade manual da mão “não dominante” de idosos saudáveis, seja pela falta de treinamento do lado sadio para a realização das tarefas complexas.

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