Envelhecer bem é um desafio principalmente na fase da velhice em que a pessoa está exposta a mais riscos e crises como: aparecimento de doenças crônico-degenerativas, perda de pessoas queridas, solidão e perda de papéis sociais. Nos últimos anos tem sido fortalecida a proposta de um envelhecimento ativo com a criação de programas de atividade física para as pessoas idosas. Dentre os programas oferecidos por universidades temos o programa Qualidade do viver na velhice – UFPB (QVIVER-UFPB) que realiza atividades com idosos desde 2007 estando vinculado ao Grupo de Estudos e Pesquisas em Corporeidade, Cultura e Educação do Departamento de Educação Física da Universidade Federal da Paraíba. Essa pesquisa teve como objetivo descrever o programa Qualidade do viver na velhice – UFPB. Caracteriza-se como um estudo de abordagem qualitativa do tipo documental por utilizarmos como fonte de coleta de informações exclusivamente documentos. A técnica de análise das informações foi a Análise Temática de Conteúdo.O Programa QVIVER-UFPB foi criado por Pierre Normando Gomes da Silva, coordenador do Grupo de Estudos e Pesquisas em Corporeidade, Cultura e Educação (GEPEC) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) no ano de 2007 através do projeto de extensão “Experiência sensorial e aprendizagem do corpo: interfaces educação-saúde e crianças - idosos”. Desde então, vem desenvolvendo suas atividades por meio de projetos de extensão, iniciação científica e iniciação a docência.Realiza suas atividades há mais de cinco anos. Durante esse período contou com a participação de 3 professores da UFPB sendo 2 do Departamento de Educação Física (DEF-CCS) e 1 do Departamento de Artes Cênicas (CCHLA); 3 professores externos, geralmente orientandos de mestrado e 25 alunos de graduação. As instituições envolvidas consistiam em 2 governamentais: o PAPI (Programa de atenção a pessoa idosa) e o PSF (Programa Saúde da Família) e 1 não governamental: a ASPAN (Associação Promocional do Ancião). Até agora o programa já beneficiou mais de 158 idosos.O objetivo de base do programa ao longo dos anos foi ajudar a devolver ao sujeito, ao corpo do idoso, sua função de lugar fundamental de prazer, por meio das experiências de reinvestimento sensorial e reflexões do vivido. As atividades propostas foram Exercícios (posturais e de relaxamento), Vivências de sensorialidade (percepção corporal, massagem, modelagem, pintura, desenho, colagem), Movimentos expressivos (mímica, dança, atividades rítmicas), Jogos (boliche, bocha, voleibol adaptado), Passeios e Surfe (bodyboarding).Os resultados para os idosos obtidos pelo programa foram: resensibilização dos sentidos, reafirmação da identidade pessoal, ampliação das relações sociais, mobilidade corporal, ampliação da autonomia, melhor capacidade expressiva, melhoria na qualidade de vida, melhor postura, melhoria funcional, tomada de consciência das suas possibilidades e sensações de prazer. Através deste artigo pudemos destacar a importância de programas para idosos que estejam preocupados com a resignificação da velhice para o idoso de forma que esse sujeito possa ter uma vida mais prazerosa na relação consigo, com o outro e com o mundo.