Acompanhamento Farmacoterapêutico de Idosos portadores de doenças crônicas não-transmissíveis Cinthya Maria Pereira de Souza 1*Renata Priscila Costa Barros1Maria Auxiliadora Cunha1Fábio Rodrigo Araújo Pereira21Departamento de Farmácia – Universidade Estadual da Paraíba- UEPBDepartamento de Enfermagem – Faculdade Maurício de Nassau*E-mail: cinthyampsouza@hotmail.comIntrodução: A hipertensão arterial (HA) e o diabetes Mellitus (DM) são doenças crônicas não-transmissíveis comuns em idosos, mas que requerem a participação de agentes de saúde que acompanhem esses pacientes. Nesse sentido, o farmacêutico no desempenho do Acompanhamento Farmacoterapêutico (AF) irá se responsabilizar pelas necessidades do paciente relacionadas ao medicamento, por meio da detecção, prevenção e resolução de Problemas Relacionados aos Medicamentos (PRM), com o objetivo de alcançar resultados definidos, como a não ocorrência de Respostas Negativas aos Medicamentos (RNM), buscando assim garantir a melhoria da qualidade de vida do paciente. Objetivo: Realizar acompanhamento farmacoterapêutico de idosos portadores de doenças crônicas não-transmissíveis e detectar possíveis PRMs e RNMs. Metodologia: Foi realizado um estudo do tipo transversal, de natureza exploratória e descritiva, com abordagem quantitativa. A amostra foi constituída por 43 idosos, portadores de Hipertensão e/ou Diabetes, os quais são assistidos pelo Programa de Atenção Farmacêutica da Universidade Estadual da Paraíba (PROATENFAR/UEPB) em parceria com o Programa HIPERDIA desenvolvidos em uma unidade básica de saúde localizada no município de Campina Grande-PB. A pesquisa foi realizada entre os meses de março e junho de 2012 e os dados foram coletados a partir dos arquivos das fichas de AF dos pacientes. Os RNMs foram classificados de acordo com o III Consenso de Granada. Para a análise dos dados foi utilizado o software Excel 2011. Resultados: Dos 43 pacientes avaliados 72% (n=31) pertenciam ao gênero feminino e 28% (n=12) ao sexo masculino, com faixa etária prevalente entre 60-69anos de idade (37%). Dentre as doenças crônicas pré-existentes apresentadas pelos pacientes notou-se a prevalência de hipertensão (71%). E, por conseguinte, as classes terapêuticas mais utilizadas pelos pacientes foram os vasodilatadores (25%), diuréticos (22%), inibidores da ECA (18%) e bloqueadores β-adrenérgico (7%). Durante o acompanhamento farmacoterapêutico de cada paciente, foi detectado que 41% (n=18) dos idosos apresentaram algum PRM, sendo as causas mais freqüentes desses problemas as interações medicamentosas e o incumprimento da farmacoterapia. Destes 18 pacientes, 77% (n=14) apresentaram RNM, sendo o tipo mais freqüente a inefetividade não quantitativa, a qual observa-se que o paciente poderia receber uma dose maior do medicamento para obter melhores resultados terapêuticos. Diante desses dados, as intervenções farmacêuticas foram necessárias, com o intuito de melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Estas intervenções incluíram orientações quanto ao uso correto dos medicamentos, a adoção de uma dieta balanceada e a prática de exercícios físicos. Conclusão: O desenvolvimento da prática da atenção farmacêutica se mostra de grande importância para melhorar a qualidade da terapia medicamentosa, promovendo o uso racional de medicamentos e conseqüentemente a melhor qualidade de vida aos pacientes idosos.Palavras-chaves: Atenção Farmacêutica, Acompanhamento Farmacoterapêutico, Idosos.