INTRODUÇÃO: O envelhecimento populacional tornou-se um dos maiores desafios para a saúde pública, visto que esse grupo está em crescimento. Estima-se que, por volta de 2025, a população global de idosos dobrará, passando de 542 milhões para cerca de 1,2 bilhões. No Brasil em 2020, essa estimativa atingirá um total de 32 milhões de idosos. Neste contexto desenvolveu-se rápida transição nos perfis de saúde, caracterizada pelo aumento de vários fatores de risco para a saúde, os quais requerem ações preventivas em diversos níveis. Acredita-se que o aumento da ocorrência de agravos, como os acidentes, a violência e os maus tratos contra idosos, devem ser objeto de maior atenção entre os profissionais da saúde. O assunto ganhou visibilidade a partir da década de 1990 com a promulgação e regulamentação da Política Nacional do Idoso, a aprovação do Estatuto do Idoso e o Plano de Ação de Enfrentamento da Violência contra a Pessoa Idosa. Apesar dessas Políticas Públicas que contemplam o problema da violência contra os idosos, a trajetória de implementação das mesmas está apenas no princípio. Dentre os agravos, ressalta-se a violência e os maus tratos que se tornou um fenômeno universal, incluindo os abusos físicos, psicológicas, sexuais, abandono e negligência. OBJETIVO: Revisar sistematicamente sobre o impacto das políticas públicas voltadas a violência contra os idosos. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática realizada no mês abril de 2013, na base de dados do Scientific Electronic Library Online (SciELO), utilizando os descritores: “Saúde do Idoso”, “Violência” e “Maus tratos”, totalizando 50 artigos. Os critérios de inclusão foram artigos condizentes com a temática, escritos em língua portuguesa e publicados entre os anos de 2010 e 2012, sendo selecionados 05 artigos e foram excluídos aqueles que não abordavam violência contra os idosos. RESULTADOS: A partir dos artigos observou-se que apesar das políticas públicas, do conhecimento e da divulgação existentes acerca da violência e maus tratos contra a pessoa idosa, ainda se faz crescente o número de ocorrências com estes agravos, fazendo necessário o aumento da divulgação através de palestras educativas no setor educação e saúde, bem como, um maior engajamento dos profissionais de saúde e dos meios de comunicação. CONCLUSÃO: O tema violência contra a pessoa idosa vem aparecendo na formulação das políticas públicas com o intuito de ampliar os direitos desta população, visto que este agravo traz danos físicos, morais e psicológicos, muitas vezes irreversíveis. Muitos idosos ainda são negligenciados nos seus direitos de cidadãos, pois, além das avaliações legais, tem-se que priorizar uma maior reflexão da sociedade frente à pessoa idosa, visando à modificação do comportamento desde o âmbito educacional, que deve ser ampliado frente à formação de profissionais, ao poder do Estado. Espera-se que políticas públicas sejam aplicadas de modo mais eficaz, a fim de desmistificar os casos de violência contra o idoso, fornecendo-lhe informações acerca dos tipos e casos mais frequentes com intuito de acabar com o comodismo que muitos profissionais apresentam frente à detecção dos casos.