Introdução: A prevalência de problemas respiratórios em idosos é comum, pois é o sistema que envelhece mais rápido por estar constantemente exposto às impurezas do ar. A perda da elasticidade pulmonar e a fraqueza dos músculos respiratórios são achados importantes na literatura do envelhecimento. Neste aspecto, a manovacuometria e a espirometria são métodos eficazes para avaliar a força dos músculos inspiratórios e expiratórios, e os volumes e capacidades respiratórias, respectivamente. Objetivo: Identificar a correlação entre a idade, força muscular inspiratória, expiratória, volumes e capacidades pulmonares dos participantes de um programa de exercícios físicos. Metodologia: A amostra foi constituída por 21 indivíduos hipertensos e/ou portadores de diabetes mellitus, participantes de um programa de exercícios físicos, do município de Santa Cruz, RN. A idade média da amostra foi de 54,71±2,13 anos, sendo 90,5% (n=19) mulheres e 9,5% (n=2) homens. Destes, 95,24% (n=20) são hipertensos e 42,86% diabéticos (n=9). Previamente ao início do programa de reabilitação, os acadêmicos do curso de Fisioterapia da FACISA/UFRN realizaram a avaliação da função pulmonar: 1) pressão inspiratória e expiratória máxima, PImáx e PEMax respectivamente, através do manovacuômetro analógico (MV 300, WIKA, com escala de +300 a -300cmH2O); e 2) capacidade vital forçada (CVF), volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) e pico de fluxo expiratório (PEF), por meio do espirômetro modelo KoKo Legend Spirometer, Ferraris Respiratory®. Para análise estatística foi utilizado o software Bioestat 5.0, e os testes de Shapiro-Wilk e coeficiente da correlação de Pearson (r), com nível de significância estabelecido em &#945;<0,05. Resultados: A maioria dos indivíduos apresentaram valores de PImáx e PEmáx abaixo do esperado, 15 (71,5%) e 17 (81%), respectivamente, sem correlação com a idade. Houve correlação negativa, estatisticamente significativa, entre a idade e as variáveis CVF (r=-0,48; p=0,03) e VEF1 (r=-0,52; p=0,02). Conclusão: Na amostra estudada pôde-se verificar que tanto a força dos músculos respiratórios quanto os volumes/capacidades pulmonares estiveram alterados, apesar de apenas os últimos estarem relacionados com a idade. Este é um resultado esperado no envelhecimento e acredita-se que a prática regular dos exercícios físicos colabore para a amenização deste efeito.