O presente relato de experiência foi realizado como parte do estudo do projeto de pesquisa e extensão da UECE-FECLI e apresenta a proposta de uso da audiodescrição como ferramenta de acessibilidade para alunos deficientes visuais matriculados em duas escolas públicas localizadas na cidade de Iguatu- Ceará. A exibição de três curtas-metragens audiodescritos foi apresentada a um público formado por alunos deficientes visuais e pessoas videntes. O experimento proporcionou aos alunos cegos uma vivência com a audiodescrição em uma sessão de cinema acessível, como parte da programação da V Mostra de Cinema de Iguatu. A proposta de uma sessão audiodescrita foi pensada com o intuito de oportunizar a esse alunado uma vivência com o cinema, de maneira que sua deficiência não fosse considerada um fator que os impedisse de ter acesso às informações dos filmes. Segundo Araújo (2011), a audiodescrição em um filme é uma informação adicional que narra a ação da cena, as expressões faciais, a linguagem corporal, os cenários, enfim, todos os elementos relevantes, verbais ou não-verbais. Sendo assim, destaca-se o uso dessa ferramenta no contexto pedagógico, que pode proporcionar ao público deficiente visual a oportunidade de acesso a recursos multimidiáticos presentes na rotina da sala de aula. Com isso, o evento acessível, objeto do presente relato, ressaltou a relevância da audiodescrição e da acessibilidade audiovisual na escola e na sociedade local. Os estudos de Araújo, (2011) e Motta (2011) nortearam a fundamentação do presente relato, bem como outros trabalhos sobre audiodescrição e cinema acessível.