NOGUEIRA, Antonio Queiroz et al.. Maus tratos contra idosos: uma análise literaria. Anais III CIEH... Campina Grande: Realize Editora, 2013. Disponível em: <http://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/2200>. Acesso em: 13/11/2024 22:50
Introdução: A violência contra os idosos não ocorre só no Brasil: faz parte da violência social e constitui um fenômeno universal. Em muitas sociedades, diversas expressões dessa violência, são tratadas como uma forma de agir “normal” e “naturalizada” ficando ocultas nos usos, nos costumes e nas relações entre as pessoas. Segundo o Estatuto do Idoso a violência contra os mais velhos se expressa nas formas de relações entre os ricos e os pobres, entre os gêneros, as raças e os grupos de idade nas várias esferas de poder político, institucional e familiar (BRASIL,2003). Na maioria das vezes passa a visão negativa do envelhecimento, pois mantém e reproduz a ideia de que a pessoa vale o quanto produz e o quanto ganha, e por isso, os mais velhos, fora do mercado de trabalho ganhando uma pequena aposentadoria, são considerados inúteis. Objetivos: Estabelecer o alcance da responsabilidade do estatuto do idoso, analisando as relações entre o profissional de enfermagem e a comunidade em geral no que diz respeito aos maus tratos ocorridos entre idosos, sejam em ambientes hospitalares, residências e com os próprios parentes. Metodologia: O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica do estatuto do idoso, base de dados scielo-Brasil e Lilacs-Brasil. Resultados: Abordar o idoso com maus tratos é considerado um problema de Saúde Pública que afeta uma parte da população mundial implica em se procurar conhecer também as diversas dificuldades de caráter psicossocial, econômico, biológico e cultural que envolve toda a problemática. Visto que esses aspectos influenciarão diretamente no bem estar desse idoso(a). Outros fatores que merecem a atenção dos profissionais de saúde são a percepção dos pacientes sobre sua real situação, os hábitos de vida que eles possuem e a disposição dos mesmos em aderir às mudanças comportamentais. Acrescentando-se a isso a necessidade de uma maior compreensão, por parte do paciente, a cerca do processo saúde-doença, considerando-se que cada indivíduo, com base em experiências pessoais, manifesta concepções diferentes sobre este processo. Os profissionais de saúde, portanto precisam modificar sua atuação, repensando sua prática enquanto instrumento responsável pela prevenção e controle para tais violências para o os idosos. (LOPES et al, 2008).Conclusão: Embora o idoso seja “protegido” pela Constituição que reza que “os filhos maiores tenham o dever de ajudar e amparar os seus pais na velhice”. A família brasileira nem sempre tem condições de arcar com essa responsabilidade. Ressalta-se o contexto de altas taxas de desemprego e separações conjugais, a expressiva participação da mulher no mercado de trabalho, o que a torna sem condições econômicas, físicas e emocionais para cuidar de seus idosos. A efetiva implantação da Política Nacional do Idoso, através da criação de serviços e programas que possam dar maior suporte à família brasileira para cuidar dos idosos em seus lares, como por exemplo, a criação de instituições intermediárias de cuidado, como centros-dia, ou programas intergeracionais, pode ser uma das alternativas para conter a violência dentro da família e diminuir os índices de negligência e abandono.