Atualmente observa-se um aumento populacional de indivíduos acima de 60 anos, resultado da diminuição das taxas de fecundidade e aumento nas descobertas tecnológicas e terapêuticas para o tratamento das doenças e agravos não transmissíveis – DANT. Acompanhado ao processo de envelhecimento aparecem desgastes em vários sistemas funcionais, acarretando na população idosa diminuição da qualidade de vida, declínio físico e mental, levando a uma maior probabilidade de acidentes como as quedas. As quedas na população idosa são eventos recorrentes que desencadeiam uma excitação diante da informação de um risco superficial, autêntico ou idealizado de quedas: o medo de cair. Trata-se de uma pesquisa de campo exploratória, descritiva, de abordagem transversal e quantitativa. Foram avaliados 41 idosos de ambos os sexos participantes de um grupo de convivência do município de Mamanguape – PB utilizando como instrumento de coleta de dados a versão brasileira da escala internacional de eficácia de quedas – Falls Efficacy Scale International / FES-I que apresenta questões sobre a preocupação com a possibilidade de cair ao realizar 16 atividades incluindo as de atividades básicas de vida diária (ABVD), de atividades instrumentais de vida diária (AIVD), atividades externas e de participação social. Os dados foram analisados estatisticamente através de forma descritiva simples, utilizando o software Microsoft Excel e serão apresentados em forma de tabelas e gráficos. Na amostra total foi observado que 54% dos idosos entrevistados possuem medo de sofrerem quedas contra 46% que relataram não estarem preocupados. No que se refere aos riscos de sofrerem quedas a população estudada mostrou uma grande probabilidade com 93% para alto risco e apenas 7% para baixo risco de quedas. Conclui-se que, o medo de cair traz conseqüências físicas, funcionais e psicológicas aos idosos induzindo-os a um estilo de vida sedentária, intervindo na mobilidade destes indivíduos tornando-os receosos e conseqüentemente levando-os a dependência e exílio social. Observa-se a necessidade de intervenções multidisciplinares para a promoção da autonomia e independência dos idosos, visto que se busca através de estratégias, conservá-los funcionalmente independentes.