O mundo em que vivemos hoje é resultado de vários processos de desenvolvimento, sejam eles sociais, educacionais, tecnológicos, industriais ou científicos. Todos esses acontecimentos culminaram para o crescimento intelectual da humanidade. A era em que vivemos é a demonstração de onde a racionalidade humana – atrelada ao desejo de poder e progresso – pode nos levar, trazendo benefícios inimagináveis para a humanidade, o que acaba fazendo com que os indivíduos se sintam donos do mundo, “senhores do conhecimento”, ou até mesmo sujeitos que ousam pensar e tentar agir como “deuses”. Todos esses acontecimentos mudaram também a visão educação, que assim como outras áreas, se adaptam aos padrões que satisfaçam o desenvolvimento da sociedade. As mudanças educacionais durante os tempos foram diversificadas, porém o ideal fruto do “progresso” tecno-científico humano, é o que perdura até hoje. Sua visão concentra-se na formação tecnicista do indivíduo, cultivando no ser humano o seu lado mecânico e frio, deixando de lado toda a humanidade. Contudo, sabemos que mesmo com todo o desenvolvimento ou mudanças, o ser humano continua necessitando de uma visão ética para viver plenamente na sociedade. Pois, a educação tecno-cientifica, não forma pessoas, mas máquinas padronizadas e metódicas, excluindo a visão ético-humanística, que é uma dos valores básicos para ser humano, tudo isso para viver em um mundo onde sentem que podem alcançar qualquer objetivo independente das consequências. Assim, procurando então analisar a visão da educação tecno-científica sob a perspectiva das obras: “Frankenstein ou o Prometeu Moderno” de Mary Sheelley e “A alegria de ensinar” de Rubem Alves, exploraremos e compararemos o ideal educacional tecno-científico, com as citadas obras, esperando mostrar os problemas que esse tipo de educação pode acarretar.