O presente trabalho teve como objetivo realizar um levantamento sobre o uso de plantas medicinais pelos alunos do Ensino Fundamental II no seu dia a dia, contextualizando suas potencialidades no ensino de Etnobotânica em sala de aula. Os dados foram coletados através de uma pesquisa quantitativa (questionário estruturado com perguntas claras e objetivas), realizada individualmente, com 30 alunos do 6º ano na faixa etária entre 9 a 12 anos. Os resultados demonstraram que o gênero feminino (66,67%) conhece plantas medicinais, enquanto o gênero masculino (33,33%) conhece e sabe um pouco. Verificou-se que as partes da planta utilizada foram às folhas (96,67%), seguido de outras partes da planta, como raízes, casca do caule, sementes (3,33%). O modo de preparo dos remédios indicou o chá (66,67%) como o mais consumido, seguido de lambedor (20%). As espécies mais citadas pelos estudantes foram Chenopodium ambrosioides L. (mastruz) com 09 (nove), Punica granatum L. (romã), Cymbopogon citratus (DC.) Stapf (capim-santo), Vernonia condensata Baker (boldo) com 04 (quatro) cada , Lippia alba (Mill.) N.E. Br. ex Britton & P. Wilson (erva-cidreira), Mentha x villosa Huds. (hortelã miúda) com 03 (três) cada, e outras espécies 02 (duas). Os dados encontrados verificaram que mesmo os estudantes tendo acesso a medicamentos convencionais, boa parte deles conservam os ensinamentos repassados pelos seus familiares, em utilizar remédios produzidos por plantas medicinais, onde necessita que as escolas voltem a ensinar os saberes populares, seus conhecimentos tradicionais, já que os livros didáticos de Ciências não relatam sobre o referido assunto.