A escola é um espaço social que cotidianamente tem sido convocada a articular o conhecimento cientifico, que deve ser transmitido em cada componente curricular, com o desenvolvimento humano e social de seu/sua (s) aluno/a(s). Essa tarefa tem sido bastante desafiadora no contexto de recessão de direitos sociais, intensificação do individualismo e cooptação dos movimentos sociais que lutam por uma educação pública, laica e de qualidade. Assim, educar para além dos muros da escola tem se colocado como um desafio constante para aqueles que vislumbram uma educação emancipadora. É nesse contexto de emancipação que se encontra o Serviço Social, pois não tem como pensar a escola sem ter na equipe multidisciplinar um profissional crítico e capacitado para lidar com as diversas formas de manifestações da questão social. Desse modo, a inserção do Serviço Social na escola contribui com os processos de trabalho da educação que tornam a escola um espaço de práticas de inclusão social, de formação da cidadania e emancipação dos sujeitos sociais. Ambos, tanto a escola como o Serviço Social, trabalham diretamente com a educação, com a consciência, isto é, trabalham diretamente com o processo de reconhecimento das determinações e contradições que perpassam as relações sociais estabelecidas na sociedade em que vivemos. Desta feita, eles podem contribuir com a formação política, humana e social de toda comunidade escolar. Diante disso este artigo que resulta de uma pesquisa qualitativa de cunho documental e bibliográfico, realizada pela Universidade Estadual da Paraíba em parceria com a Universidade Federal da Paraíba no período de setembro de 2015 à junho de 2016, propõe-se a trazer algumas reflexões sobre as contribuições do/a (s) Assistentes Sociais nos processos de trabalho da Educação Básica, a partir de alguns apontamentos sobre a necessidade desse/a profissional no enfrentamento das questões contemporâneas do ambiente escolar. Nossa pesquisa tem por base os Projetos de Lei (PL) n.º 3.688 de 2000 e n.º 837 de 05 de julho de 2005, que dispõem sobre a introdução do/a Assistente Social no quadro de profissionais da Educação Básica no país, segurado no subsídio legal da Lei de Diretrizes e Bases da Educação que dispõe sobre o preparo dos profissionais da educação frente as demandas apresentadas nas unidades escolares. Assim, este artigo visa contribuir com as reflexões sobre a importância do/a Assistente Social nas equipes multiprofissionais das escolas, bem como fortalecer a luta por uma educação pública, laica e de qualidade que vislumbra a emancipação humana.