A inserção da História da Ciência nas aulas de Química é uma abordagem metodológica de ensino importante, mas pouco utilizada nas escolas por partes dos professores e isto favorece para que os estudantes adquiram uma visão de uma ciência desenvolvida a partir de descobertas realizadas por grandes gênios, fantásticos, que nunca erram, considerando a ciência como uma verdade absoluta. Além disso, observa-se em alguns livros didáticos histórias de determinadas descobertas científicas apresentadas de forma sucinta, onde se reduz a história da ciência a nomes, datas e anedotas. Além disso, muitos professores passam concepções errôneas sobre o método científico, como também utilizam argumentos de autoridade. Nesse sentido, é necessária a inserção dessa estratégia dentro das salas de aulas para romper com a visão de uma ciência pronta, acabada e irrefutável, pois se sabe que existe uma longa história por trás de cada descoberta científica que envolve um número muito grande de cientistas que influenciaram nas descobertas e que foram esquecidos pela história. Dessa forma é importante discutir com os alunos os avanços, erros e conflitos que os cientistas enfrentaram para efetuar suas experiências até chegar à descoberta de um conceito científico. Diante destas questões, o objetivo deste trabalho é diagnosticar como tem sido trabalhado a história da ciência nas aulas de Química com os alunos do 3º ano de uma escola pública do Munícipio de Itatuba-PB. Trata-se de um estudo de caso, de natureza quali-quantitativa. Como instrumento de coleta de dados, foi aplicado um questionário, contendo cinco questões objetivas e subjetivas. Para análise dos dados utilizou-se a técnica de análise de conteúdo de Bardin. Os resultados revelam que a história da ciência tem sido trabalhada a partir de diversos conteúdos de Química dando ênfase a abordagem CTSA. No entanto, percebe-se que os alunos apresentam dificuldades em expressar a sua importância e como ocorreu o processo de construção dos conceitos científicos na ciência, o que necessita que os professores possam repensar os seus planejamentos, oportunizando melhorias na abordagem do uso da história da ciência no Ensino de Química.