Nesse trabalho interligamos a concepção de Adorno em relação à educação emancipatória, os relatos da jovem Anne Frank diante dos horrores vivenciado na guerra e os poemas de Carlos Drummond de Andrade retratando os tempos difíceis, em que o mundo se encontrava na Segunda Guerra Mundial. Em meio aos escrúpulos nesta respectiva guerra, analisaremos a perspectiva de Drummond e Anne Frank, a partir de diferentes prismas de proximidade, como sentem e retratam a guerra que os envolve especialmente no modo como eles interpretam as barbáries humanas nela manifestas, onde a experiência de vivenciar a Segunda Guerra Mundial proporcionou o registro textual com suas inquietações humanísticas frente ao que viam se processar naqueles tempos de crise. Diante desses tempos obscuros Adorno nos relata em Educação e Emancipação, que a educação deve não só servir para perpetuar a barbárie, mas principalmente como ela pode ser eficaz para que as civilizações se emancipem, assim questiona a educação autoritária e pensa numa educação emancipatória. Nesse aspecto, veremos que Adorno parte do pressuposto de que os elementos que influenciaram as muitas formas de barbárie na Segunda Guerra Mundial ainda perduram em nossa sociedade e devem ser prontamente combatidos. Diante dessas relações este estudo se debruçará sobre a seguinte problemática: O que a experiência da Segunda Guerra Mundial tem a nos dizer sobre a relação entre educação e barbárie no que tange a possibilidade/necessidade de uma formação de indivíduos civilizados? Por meio dessas leituras, tocamos em temas como barbárie, educação emancipatória, sentimentos, e essencialmente, dos relatos durante a guerra.