O presente trabalho se propõe a problematizar a questão da morte na mídia, de modo a evidenciar o paradoxo que esta relação faz aflorar: por um lado, a negação da morte expressa na ausência de espaços para a sua efetiva problematização; por outro, a banalização da morte a partir da superexposição nos mais diversos meios midiáticos. Nesse sentido, cabe ainda, refletir sobre o caráter educativo que os veículos midiáticos incorporam na contemporaneidade, o que leva à pressuposição de que tais dispositivos influenciam fortemente na maneira como o homem moderno lida com a morte. Trata-se de uma pesquisa estritamente bibliográfica, que integra parte do referencial teórico – em desenvolvimento – da pesquisa de mestrado intitulada “Educação para a morte no hospital como estratégia de humanização em saúde”. Utiliza-se a Fenomenologia como aporte teórico-metodológico, uma vez que tal abordagem possibilita explorar fenômenos humanos em seus aspectos mais peculiares e essenciais. A Fenomenologia aponta uma visão de homem e de mundo totalmente original, a partir da qual homem e mundo compõem um mesmo todo, sendo a percepção considerada pano de fundo para todos os fenômenos humanos e como ponte entre o ser e o mundo. A pesquisa, ainda em desenvolvimento, não permite inferências ou “resultados”. Antes, incita incessantes questionamentos, dentre os quais, o caráter educativo da mídia na problematização da morte e suas implicações, ao passo que corrobora para uma convergência entre educação e tecnologias, como eixos de um mesmo processo de ensino-aprendizagem e entre vida e morte como dois polos de uma mesma existência.